Esses dias veio a reflexão: e se aquele amor avassalador, que tira a gente do chão, nos faz flutuar, é fruto da nossa imaturidade?
A gente vai crescendo e aprendendo que esse negócio de príncipe encantado e o amor perfeito só existe na ficção. A gente se apaixonada, ama, vive juntos, e no meio de tudo isso temos uma realidade que chega a ser um baque quando tudo ainda é novo: nada é perfeito, a felicidade eterna é utópica.
Uma relação não é dizer amém para tudo, muito menos não abrir mão de certas coisas quando você vive uma vida a dois. Nada é tão radical. Existe sempre uma dosagem que é até bem simples: desde que não avance a linha do respeito com você e com outro, está tudo certo.
No meio disso tudo, a gente também percebe que precisamos lidar com decepções e controvérsias. E tudo isso vai nos colocando a testes de fogo: o amor resiste realmente a tudo?
Volto a pergunta que fiz lá em cima: será que aquela paixão que nos tira o ar e coloca várias borboletinha no estômago é fruto da imaturidade? Ou seria ela uma fase inicial da relação, independente se é a primeira ou a 20ª?
No fim, o que importa é que o amor precisa ir além da imagem: seja aquela que construímos na nossa cabeça com interferência dos filmes da Disney; seja aquela que nos dizem que é o jeito certo de ser – afinal, não existe jeito certo de amar; ou até mesmo a imagem ruim sobre esse sentimento que construímos depois de uma decepção.
O amor da realidade pode ser tão bom ou até melhor do que da ficção quando a gente aprende a lidar com ele sendo um sentimento que traz uma grande bagagem de outros sentimentos. É saudável. É bom. É importante. Ame, afinal, como diria a letra de uma música acreana: “o amor convém”.
Feliz Dia do Amor para os namorados, namoradas e namoradxs.