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Ativista LGBTQIA+ entra com recurso no MP de São Paulo após pedido de inquérito contra Neymar por homofobia ser negado

Por EXTRA

O ativista LGBTQIA+ Agripino Magalhães diz ter protocolado no Ministério Público de São Paulo uma solicitação de revisão sobre o pedido de abertura de inquérito contra o jogador Neymar Jr. . Isso porque, segundo ele, a promotoria do órgão entendeu, após análise do material apresentado por ele e seu advogado, não haver o enquadramento do caso em crimes como homofobia, ameaça de morte e incitação ao ódio.

Há cerca de duas semanas, o caso foi denunciado ao MP. O advogado dele, Ângelo Carbone, protocolou um pedido para apurar a fala considerada homofóbica dita pelo atleta sobre o ex-namorado da mãe, Tiago Ramos, a quem ele chamou de “viadinho” num áudio vazado. Isso depois de um áudio contendo uma conversa atribuída ao craque e os amigos ter vazado e viralizado na internet. Na conversa, os amigos do atleta sugerem que Tiago seja torturado com um cabo de vassoura.

Trecho do documento que, segundo Agripino, foi apresentado ao MP para recurso trecho do documento que, segundo Agripino, foi apresentado ao MP para recurso.

Foto: Reprodução

Trecho do documento que, segundo Agripino, foi apresentado ao MP para recurso

Foto: reprodução

“Temos leis que garantem isso. Vamos levar o caso às instâncias superiores, caso seja necessário. Não fazemos isso pelo Tiago Ramos, mas por todos os nossos irmãos LGBTQIA+. Que as pessoas ( que praticam delitos desta natureza) possam ser punidas “, argumenta Agripino, que acrescenta também ter pedido ao órgão a retenção do passaporte do jogador, que atua num time francês.

“O jogador deveria encabeçar ações contra esse tipo de postura. Ninguém tem o direito de ofender ninguém pela orientação sexual.”

Neymar ao lado de Tiago Ramos Foto: Reprodução

Após ter denunciado o caso, Agripino conta que foi vítima de ameaças de morte. Posteriormente, a situação foi levada ao MP. O órgão informou, nesta quarta-feira, que “requisitou a instauração de inquérito policial” para investigar o caso.

Sobre o recurso apresentado em relação ao parecer envolvendo a denúncia contra Neymar, o órgão informou que a promotoria que deu andamento à primeira representação “não havia recebido o recurso”. Acrescentou, no entanto, que “pode ser que (ainda) esteja em trâmite. ”

Agripino disse ainda que pretende entrar em contato com marcas ligadas ao jogador, na busca de um posicionamento delas também sobre o episódio.

Denúncia contra Neymar e amigos partiu do ativista gay Agripino Foto: Reprodução – Intagram

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