O presidente Jair Bolsonaro anuncia nesta terça-feira (30) a prorrogação do auxílio emergencial para ajudar trabalhadores sem carteira assinada, autônomos, MEIs e desempregados durante a crise gerada pela pandemia do coronavírus.
Seguindo a orientação de auxiliares, Bolsonaro decidiu fazer o anúncio com ares políticos, já que o auxílio emergencial tem ampliado sua popularidade em regiões mais carentes do país.
O anúncio da cerimônia, marcada para as 16 horas, foi divulgado na noite desta segunda-feira pela Secretaria de Comunicação da Presidência.
Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter dito na semana passada que o auxílio emergencial seria prorrogado “provavelmente” em mais três parcelas (de R$ 500, R$ 400 e R$ 300), nesta segunda-feira, técnicos da economia e articuladores do governo ainda avaliavam os cenários possíveis e suas implicações com a decisão.
De acordo com um auxiliar do Planalto, a ordem “é não vazar para que o anúncio tenha impacto positivo pela boca do presidente”.
Contas
Segundo fontes do Palácio do Planalto, além das contas que precisam se encaixar dentro do orçamento, é preciso levar em consideração o componente político na decisão: não criar atritos com o Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defende publicamente mais duas parcelas de R$ 600.
O auxílio emergencial foi criado em abril e o prazo para solicitação das três parcelas de R$ 600 oferecidos na primeira leva do programa acaba nesta semana – dia 2 de julho.
Tanto Bolsonaro como o ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmaram que “a União não aguenta” mais duas parcelas de R$ 600. Segundo o governo, o pagamento de cada parcela de R$ 600 custa em torno de R$ 50 bilhões por mês para os cofres da União.
Além dos valores e das parcelas o governo também estudou nesta segunda-feira os instrumentos jurídicos necessários para regulamentar a extensão do auxílio.