Após um longo dia de debate em torno da possível reabertura das atividades no Acre, o governador Gladson Cameli (Progressistas) declarou ao ContilNet que está decidido a passar a responsabilidade do tema às autoridades locais, no caso, os prefeitos dos 22 municípios e órgãos competentes. Com isso, o comércio poderá ser reaberto seguindo o plano estabelecido pelo comitê que se baseia em três fases: a contaminação pelo coronavírus; capacidade do sistema de saúde e responsabilidade social.
O chefe do executivo destacou que o assunto é complexo e envolve toda a sociedade, por Isso, cobra um posicionamento sobre o assunto, uma vez que os gestores municipais precisam se posicionar para a população em suas regiões. “Estou determinado a passar a responsabilidade de reabertura às autoridades locais”, salientou.
Cameli fez questão de esclarecer à sociedade que as atividades não essenciais só não foram reabertas devido a fiscalização criteriosa dos órgãos de controle.
Segundo informações de bastidores, o Ministério Público Federal (MPF) alegou em seu argumento, que devido ao número crescente de casos e mortes pelo novo coronavírus, o Estado não dispõe dos requisitos necessários de reaberturas mesmo que de forma gradual.
Questionado se sairá o decreto anunciando a retomada gradual das atividades, o governador foi incisivo em afirmar que o comércio na capital e no interior, já está aberto, muito em razão da falta de respeito e obediência da população, com isso, os números de casos não apresentam baixas, o que acaba dificultando a tentativa de retorno às atividades por meio de decreto, mesmo que, fora dos padrões normais.
“Eu vou abrir o quê? Se o comércio já está todo aberto. O pessoal tem que parar de demagogia. A minha vontade é de abrir, já temos bastante leitos funcionando, mas a população não ajuda”, declarou.
O Plano
A criação do plano “Convivo Sem COVID”, se baseia em estratégia de caráter normativo e instrumental, destinado a viabilizar a convivência harmônica entre o desenvolvimento econômico, o direito de proteção à saúde e os valores sociais do trabalho, tendo por finalidade precípua a efetiva proteção do direito à vida.
O plano consiste na estratégia adotada pelo Estado para a retomada gradual e responsável à normalidade a ser vivenciada no período pós-pandemia, através de mecanismos impulsionados pela atuação conjunta da sociedade, do setor econômico e do poder público, através de diretrizes e decisões baseadas em dados oficiais e evidências científicas.