Ex-funcionária da empresa de ônibus Floresta denuncia não recebimento de rescisões

Demitida em novembro da empresa de transporte coletivo Auto Viação Floresta, que opera em Rio Branco, a dona de casa Ducineide da Silva Bandeira, de 37 anos, luta há meses para receber suas rescisões trabalhistas. Desesperada, ela gravou vídeo para as redes sociais em que denuncia a direção do empreendimento.

Bandeira trabalhou na Floresta por 10 anos e disse ter sido dispensada ao se opor à mudança de horário no cartão de ponto dos funcionários. Ela cumpriu aviso prévio até o fim de janeiro de 2020 e ao reivindicar suas rescisões teria sido informada de que não havia valores depositados.

Foi então que começou uma longa jornada para tentar receber seus direitos, que somariam R$ 25 mil. A empresa chegou a oferecer uma proposta de quitar o valor em parcelas de R$ 2 mil e a ex-funcionária aceitou. “Como estava sem alternativa, aceitei. Assinei o acordo nesse valor e esperei 30 dias para receber a primeira parcela”.

Só que a parcela veio R$ 700 a menos que o prometido e logo um segundo acordo foi oferecido para parcelamentos com valores menores. Quando a quarta parcela não foi quitada, ela voltou à empresa para reivindicá-la, na semana passada, e pediram que tornasse apenas após a pandemia de coronavírus.

“Falei que continuaria lá porque precisava receber. Fiz um acordo com a empresa e nós estamos em um momento de dificuldade no mundo todo por conta dessa doença e eu não tenho como, nesse momento, arrumar um outro emprego. Eu sou mãe, dona de casa e tenho minha família para sustentar”.

Ela denuncia que o segurança do local a amedrontou e ameaçou chamar a polícia se não deixasse as dependências da empresa.

Após a “humilhação”, ela pede que as autoridades intervenham para punir o empreendimento pelas supostas irregularidades trabalhistas. No vídeo, ela pede ajuda do Ministério Público do Acre (MPAC), da prefeitura de Rio Branco (responsável pela concessão do serviço) e dos vereadores da capital.

Além disso, solicita a união dos ex-colegas de trabalho. “Sei que sou a voz de muitos funcionários que têm medo de falar. Se a empresa não tem condições de operar, que nossas autoridades entrem em nosso favor, nos ajudem, não tenho outro recurso para me manter. Eu preciso receber”.

A reportagem entrou em contato com a Auto Viação Floresta, mas o número informado pelo recepcionista da empresa para a obtenção de resposta sobre as denúncias estava desligado. O ContilNet informa que o espaço está aberto para as devidas explicações.

Assista o vídeo:

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