Pela primeira vez em 78 dias, o Amazonas não registrou novas internações por Covid-19, de acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) divulgados nesta quinta-feira (4). O Estado contabiliza, até o momento, mais de 46,4 mil casos confirmados do novo coronavírus, com mais de 2,1 mil mortes.
Os dados mostram que, desde o início da semana, o número de internações pela doença vêm reduzindo. Na segunda-feira (1º), foram registradas 39 internações. Na terça-feira (2), foram internados 33 pacientes com Covid-19. Na quarta-feira (3), foram 31 novas internações. Já nesta quinta-feira (4), o número de novas internações zerou, o que não acontecia desde o dia 18 de março, ainda na primeira semana do coronavírus no Estado.
Com relação às internações totais, há 461 pacientes internados, sendo 295 em leitos clínicos e 166 em UTI. Há ainda outros 385 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 259 estão em leitos clínicos e 126 estão em UTI. A taxa de ocupação de leitos de UTI Covid era de 70%, e a taxa de UTI não Covid era de 61%, segundo o governo, até esta quarta-feira (3).
O sistema de saúde chegou a entrar em colapso por conta da pandemia. A taxa de ocupação dos leitos de UTI chegou ao pico de 96% e contêineres frigoríficos foram instalados em diversas unidades de saúde da capital para comportar o rápido aumento das mortes. A situação também causou um colapso funerário em Manaus, com falta de caixões no serviço privado, corpos enterrados empilhados e em valas comuns.
Coronavírus no Amazonas
Dos 46.473 casos confirmados no Amazonas até esta quinta-feira (04/06), 19.962 são de Manaus (42,95%) e 26.511 do interior do estado (57,05%). Além da capital, 59 municípios têm casos confirmados, sendo Envira e Ipixuna as duas únicas cidades do interior que ainda não registraram casos positivos da doença.
Na capital, são mais de 19 mil pessoas infectadas pela Covid-19 e 1,4 mortos em decorrência da doença. Desde o dia 1º, parte do comércio foi liberado para funcionar, após determinação do Governo do Estado, que considerou uma possível redução no avanço da Covid-19.
Apesar da leve redução, pesquisadores no Amazonas alertam para uma segunda onda de contaminação e aumento dos casos de coronavírus no Estado. Segundo as pesquisas, as medidas de flexibilização neste momento apontam para um novo pico da doença, ainda mais intenso que o primeiro.