Será discutido nesta semana, a proposta de emenda à Constituição que trata do adiamento das eleições municipais (PEC 18/2020) pelo Senado, com a presença de autoridades.
A reportagem do ContilNet ouviu a opinião de políticos do Acre sobre o pleito eleitoral deste ano. Ambos foram unânimes em concordar com o adiantamento, tendo em vista o bem coletivo da saúde pública. O deputado estadual e presidente da executiva municipal do MDB em Rio Branco, Roberto Duarte (MDB), disse que é favorável ao adiamento pelo período de pandemia que estamos vivendo. “Nós não sabemos ainda como vamos estar daqui a 30 ou 60 dias”, disse ele, destacando que o momento é instável.
“Não sabemos se haverá pico ou redução do novo coronavírus, ou até mesmo, uma possível cura da doença. O adiantamento servirá para que o achatamento ou a curva reduza nos próximos meses”, explicou.
O governador Gladson Cameli (Progressistas) já chegou a dizer que não está preocupado com eleições, mas sim com a pandemia. Para ele, o adiantamento ou a não realização do pleito, seria uma decisão acertada para o momento de crise.
A votação deverá ocorrer na terça-feira (23), em sessão no Congresso Nacional. E com relação a Isso, o líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado estadual Gehlen Diniz (Progressistas) disse que a PEC não é um consenso entre Senado Federal e Câmara dos Deputados com relação a data da possível eleição.
“O Senado por exemplo, quer as eleições para o dia 6 dezembro e segundo turno para o dia 20. Penso que é necessário o adiantamento pois uma eleição é uma concentração de pessoas, tanto na capital, quanto no interior”, justificou.
Diniz frisou que se por acaso as datas forem mantidas e não houve redução do contágio, o risco de disseminação do vírus é muito grande. “Nós temos que discutir isso até o fim do mês, pois as pessoas que irão ser candidatas devem se afastar 3 meses antes das eleições”, ressaltou.
O deputado estadual Neném Almeida, disse que não é momento de fazer reuniões políticas com aglomerações. “Sou favorável sim a PEC, o momento e de ficarmos em casa e salvarmos vidas. Em uma eleição, o político deve fazer o corpo à corpo. Muitos podem até respeitar o momento, mas a maioria vai pensar em si para obter apoio político do que em sua saúde”, argumentou.