O delegado de Polícia Civil de Sena Madureira, Marcos Frank, afirmou, em entrevista ao site Yaco News, que as provas possuídas por ele sobre a existência de um servidor fantasma na prefeitura da cidade são robustas e que a tese está comprovada nos autos da investigação.
Um funcionário da Secretaria Municipal de Saúde chegou a ser preso pela suposta prática de peculato, porém, a comarca judicial da cidade pediu a soltura do homem e recomendou seu afastamento da função que exercia na pasta. O processo corria em segredo de Justiça.
De acordo com as investigações, foi celebrado um contrato entre a prefeitura e uma empresa com vistas à prestação de serviços por parte de uma pessoa que nunca trabalhou.
No entanto, os salários foram pagos normalmente e o servidor do município é quem teria sido beneficiado com os vencimentos. O suposto esquema contaria ainda com a participação de outra pessoa que fazia os saques dos valores e repassava ao homem.
O delegado aguarda informações financeiras a serem disponibilizadas por bancos para complementar as investigações, porém, comentou que o processo já é conclusivo com todo o material obtido até o momento. Esclareceu, também, que não há indícios de participação do prefeito Mazinho Serafim (MDB) no caso envolvendo o servidor comissionado.
“O dinheiro deixa um rastro. Após denúncia na Câmara de Vereadores, foi solicitada a quebra do sigilo bancário do acusado e identificamos transações financeiras que mereciam melhor detalhamento e valores que não condizem com os bens do acusado. Estamos atentos a esse tipo de prática”, disse o agente, que começou a investigar o caso em janeiro.
Se comprovado que houve participação de alguém da empresa, os envolvidos não só responderão pelos crimes de peculato e falsificação, mas também por associação criminosa.