Queimadas no Acre têm aumento de 35% no primeiro semestre deste ano

As queimadas no Acre entre o início de janeiro e a primeira quinzena de junho subiram 35% em relação ao mesmo período do ano passado. É o que diz uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgada no início desta semana.

Além do Acre, o Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rondônia também registraram crescimento nos índices, com 44%, 75%, 12% e 42%, respectivamente.

O estudo alerta que a prática pode se intensificar ainda mais nestes estados, uma vez que o período das queimadas está apenas no começo. O aumento crítico é esperado para julho.

Em toda a Amazônia, o total acumulado de focos de calor até 14 de junho de 2019 foi de 9.311. Neste ano, apesar do aumento naqueles estados, o número caiu para 6.532, puxado por Roraima, que teve redução significativa nos focos (de 4.600 no ano passado para 1.654 em 2020).

SAIBA MAIS: Acre desmatou quase 700 km² de floresta em 2019, segundo estudo do Inpe

“Os estados que apresentaram o aumento de queimadas também estão entre os campeões de desmatamento. Este ano não será pior do que o ano passado somente se medidas de comando e controle forem implementadas”, afirmou, em entrevista à Veja, a diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e especialista em incêndios no bioma, Ane Alencar.

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