Sem Brasil na disputa, Austrália e Nova Zelândia sediarão a Copa do Mundo feminina de 2023

A Fifa anunciou, nesta quinta-feira, que Austrália e Nova Zelândia serão as sedes da Copa do Mundo feminina de 2023. Em anúncio feito via rede social, depois de votação entre os membros do conselho da entidade, a entidade também confirmou que o torneio aumentará o número de participantes, que agora chega a 32. O Brasil retirou a sua candidatura e não concorreu para ser o país-sede.

A decisão foi anunciada pelo presidente da entidade, Gianni Infantino, que votou na candidatura da Austrália e da Nova Zelândia. Além do Brasil, o Japão também retirou a sua candidatura a três dias da decisão da Fifa. A única concorrente da dupla da Oceania foi a Colômbia.

Os sul-americanos tiveram pontuação 2,8 em sua candidatura, enquanto a dupla da Ocenia obteve 4,1 – fora da disputa, o Japão obteve nota 3,9. Os candidatos passaram por provas e apresentações nesta quinta-feira, antes de votação do Conselho da Fifa. O placar final foi de 22 a 13 a favor dos países da Oceania, dentro dos 35 participantes.

Os membros do Conselho, Johanna Wood e Ramon Jesurun, não votaram por serem da Nova Zelândia e da Colômbia, respectivamente.

Por sinal, a votação foi marcada pela divisão em blocos. Enquanto a Uefa (Europa) e Conmebol (América do Sul) votaram na candidatura da Colômbia, a Concacaf (Américas Central e do Norte), CAF (África), AFC (Ásia) e OFC (Oceania) apoiaram Austrália e Nova Zelândia.

A primeira Copa do Mundo de futebol feminino foi realizada pela Fifa em 1991, na China, e a última edição, em 2019, aconteceu na França. Os Estados Unidos são os maiores vencedores com quatro títulos.

Brasil retira candidatura
No início de junho, o Brasil retirou sua candidatura para sediar a Copa do Mundo feminina de 2023 por não conseguir cumprir as garantias financeiras necessárias requisitadas pela Fifa por conta da pandemia de coronavírus.

“A CBF compreende a necessidade da Fifa de obter tais garantias e sabe que elas fazem parte do protocolo padrão da entidade internacional, sendo elemento fundamental para conferir a segurança necessária para efetiva realização de eventos deste porte”, afirmou a entidade máxima do futebol brasileiro.

Mas a CBF alegou que “por conta do cenário de austeridade econômica e fiscal, fomentado pelos impactos da pandemia da Covid-19, (o governo brasileiro entendeu que) não seria recomendável, neste momento, a assinatura das garantias solicitadas pela Fifa.

As sedes da Copa do Mundo Feminina
1991 – China
1995 – Suécia
1999 – Estados Unidos
2003 – Estados Unidos
2007 – China
2011 – Alemanha
2015 – Canadá
2019 – França

Rogério Caboclo, presidente da CBF

Rogério Caboclo, presidente da CBF Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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