O “jeitinho” tão criticado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se tornou um dos artifícios do seu governo. Fora do comando da Secretaria Especial de Cultura desde o último dia 20, Regina Duarte não perdeu o seu salário de pouco mais de R$ 15 mil pelo cargo de secretária da pasta.
De acordo com as informações do jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, o dinheiro não deixou de cair na conta da ex-contratada da Globo e assim será pelo menos até o próximo dia 8 de junho. A ideia de Bolsonaro é uma vaga para ela na Cinemateca de SP, e ganhando para isso.
Até o momento, a exoneração da famosa não saiu no Diário Oficial da União. Regina espera a nova nomeação e, segundo a reportagem, pelo mesmo salário como responsável pelos arquivos do cinema brasileiro. Mas questões não vistas ou até mesmo esquecidas por Bolsonaro e seus aliados atravancam os caminhos da Namoradinha do Brasil.
A primeira delas envolve o cargo de chefe da Cinemateca. Ele não existe. A função teria que ser criada por decreto. Além da inexperiência de Regina, pesa o fato do governo ter que renovar o contrato de manutenção da Cinemateca com a Fundação Roquette Pinto, ou outra entidade, e isso precisa acontecer até o início do próximo mês.
Uma segunda opção está em avaliação: a ida de Duarte para o cargo federal nível DAS (Direção e Assessoramento Superior) em São Paulo, também com salário de R$ 15 mil. Lembrando que, como contratada da Globo, a veterana tinha um salário mensal de R$ 50 mil.
