A lvo de seguidos rumores e especulações nos últimos meses, Fernando Alonso enfim fará o seu retorno à Fórmula 1. Nesta quarta-feira, o piloto espanhol foi confirmado pela Renault para voltar à categoria em 2021. O bicampeão vai pilotar pela mesma equipe pela qual faturou seus dois títulos mundiais na categoria, em 2005 e 2006.
Alonso estava afastado da F-1 há dois anos, quando encerrou sua frustrada passagem pela McLaren, ao fim de 2018. Na época, ele havia deixado em aberto a possibilidade de um retorno a curto ou médio prazo. Desde sua “aposentadoria”, seu nome era motivo de especulações, principalmente em momentos de negociação das grandes equipes com seus pilotos.
“A Renault é a minha família, é onde tenho minhas melhores memórias na Fórmula 1, com o bicampeonato. Mas agora quero olhar para a frente”, disse o espanhol. “É uma grande fonte de orgulho e imensa emoção voltar ao time que me deu a chance de começar minha carreira e agora me dá a oportunidade de voltar ao mais alto nível.”
Alonso retornará à F-1 com status de veterano, e com maior bagagem. Prestes a completar 39 anos, no dia 29 deste mês, o espanhol tem agora no currículo mais um título da tradicional 24 Horas de Le Mans e um troféu do Mundial de Endurance (WEC). Sem tanto sucesso, obteve um 13º lugar no Rally Dakar, no ano passado. E não conseguiu se classificar para as 500 Milhas de Indianápolis, na Fórmula Indy.
De volta à F-1, Alonso já avisou que pretende deixar para trás o papel de coadjuvante que o acompanhou nos anos de McLaren. “Eu tenho princípios e ambições coerentes com o projeto do time. A evolução da equipe ao longo do inverno dá credibilidade para perseguir os objetivos que estabeleceram para 2022 (quando novas regras devem trazer grandes mudanças para o campeonato). O time quer e tem as condições de voltar ao pódio, assim como eu.”
Com passagens também por Minardi e Ferrari, Alonso soma dois títulos mundiais no currículo na F-1, além de três vice-campeonatos. Ele conquistou 32 vitórias na categoria, o que o coloca na sexta posição entre os maiores vencedores da história. O espanhol figura na mesma colocação entre os pilotos com o maior número de pódios, com 97.
Em seu retorno, Alonso deverá bater o recorde de GPs disputados na F-1. No momento, ele soma 311 largadas, atrás apenas do recordista Rubens Barrichello, com 322, e do finlandês Kimi Raikkonen, com 313.
“A contratação de Fernando Alonso é parte do plano do Grupo Renault em continuar comprometido com a F-1, em busca do topo. Sua presença no nosso time é uma conquista formidável tanto em nível esportivo quanto para a nossa marca”, comemorou o chefe da Renault, Cyril Abiteboul.
O retorno de Alonso à categoria também foi celebrado pela cúpula da competição. “É uma ótima notícia ter o bicampeão Fernando Alonso voltando à Fórmula 1 com a Renault, no próximo ano. Ele tem um talento incrível e nós mal podemos esperar para vê-lo novamente no grid, em 2021”, disse o CEO da F-1, Chase Carey.