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Amazônicos não acreditam em promessas velhas e vazias

Por SENADOR MARCIO BITTAR

O movimento ecológico global lança toda sorte de mentiras e fake news sobre o Brasil. Somos cotidianamente minados por mitologias verdes e afogados em campanhas de difamação. A imagem decorrente dos ataques é de uma nação que devasta e queima sua floresta. Na fábula venenosa dos verdes somos capitalistas selvagens invadindo terras indígenas, espalhando garimpos, queimando e devastando nossa floresta Amazônica.

Nos elegeram vilões apesar de preservarmos mais de 80% das nossas florestas originais. No mundo são 24% e na Europa 0,3%. Segundo os dados do Cadastro Ambiental Rural, 66,3% do nosso território são de áreas destinadas à vegetação protegida e preservada. Os Estados Unidos, a nação mais rica do planeta, tem 19,9% de áreas dedicadas à proteção e preservação. Nossos indígenas são donos, apesar de tutelados, de 13% do território, ou seja, 1.107.080 km2 de terras indígenas.

Não há um só miserável dado a corroborar a ideia de que devastamos nosso meio ambiente. Somos tão obedientes aos ditames globalistas e de organismos internacionais que travamos economicamente uma imensa região do país. Alijamos do desenvolvimento econômico 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia. Segundo o grupo de Inteligência Territorial Estratégica da Embrapa, utilizando os dados do CAR, em unidades de conservação e terras indígenas, o Amapá tem 70,8% do seu território em áreas protegidas, Roraima, por exemplo, tem 66,7%, Pará 56,2%, Amazonas 54,5%, Acre 46,4% e Rondônia 42,9%.

Nossa fé nos deuses ambientalistas foi tanta que inventamos a figura jurídica da reserva legal e chegamos ao absurdo de praticamente confiscar 80% da área das propriedades rurais na região Amazônica. Fomos até agora verdadeiros vassalos e obedientes cegos dos mandamentos ecológicos.

O que ganhamos com tanta submissão? O tal do desenvolvimento sustentável foi e é promessa vazia para os amazônicos. Economia verde, valor econômico da floresta em pé, remuneração por serviços ambientais, economia de carbono foram prometidos por governos servos do globalismo sem nenhum efeito prático. O legado da parafernália verde foi o de criar uma burocracia impenetrável, taxas e multas para trabalhadores e proprietários rurais, travamento de empreendimentos, miríade de ongs perdulárias e barulhentas, empecilhos para obras, subdesenvolvimento, desemprego e miséria.

Não ganhamos nada com essas inverdades repetidas ad nauseam. Dinheiro advindo da floresta em pé foi prometido pela Marina Silva, ministra de meio ambiente de Lula, sempre deveras obediente aos ditames ecológicos, em praticamente todos os anos em que foi a comandante camarada do setor.

O governo Bolsonaro está devendo um plano de desenvolvimento para a região Amazônica. A ênfase deveria ser o de gerar condições de infraestrutura e de incentivos ao crescimento econômico da região. Precisamos de empreendimentos, cadeias produtivas, desenvolvimento agropecuário, exploração mineral e comercialização de produtos. Precisamos de segurança jurídica para empreendimentos, menos burocracia, mais racionalidade e menos entraves ecológicos. As leis ambientais precisam ser revisadas em profundidade.

O que não é aceitável é a repetição de velhas e desmoralizadas receitas para a região. Não dá mais para acreditar em remuneração por serviços ambientais. Há décadas planejam o impossível; como era de se esperar o dinheiro jamais chegou aos amazônicos.

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