Mulher diz que bloqueadores de presídio atrapalham serviço, mas que presos têm conexão

A comerciante Socorro Barbosa da Rocha, de 46 anos, moradora do sítio São Francisco, na BR-364, sentido Sena Madureira – Rio Branco, relatou em entrevista ao ContilNet nesta terça-feira (14), que vem sofrendo prejuízos por conta dos bloqueadores de celular do presídio Francisco de Oliveira Conde que impedem ela e os filhos de realizarem suas atividades comerciais e acadêmicas.

Socorro disse que não pode se comunicar com os seus clientes, haja vista que ela vende ovos, galinha caipira, pato e demais iguarias.

Além disso, devido a pandemia, sua sobrinha, estudante de nível superior, não consegue acompanhar as aulas, já o outro tem que se deslocar ao Tucumã para assistir a vídeo aulas da sua faculdade. “Está muito difícil, agora com a pandemia está tendo aulas pela internet, mas, por conta disso, aqui não tem acesso”, declarou.

A mulher frisou que seus negócios poderiam estar bem melhores, se pudesse haver uma melhor comunicação entre os clientes que precisam sair de Rio Branco para adquirir sua criação.

Ela destacou ainda que os bloqueadores de celulares só deixam ela e as pessoas que moram perto sem sinal, pois no presídio, os presos mantêm acesso diário com pessoas, familiares e o mundo do crime, segundo relatos que ela ouviu de pessoas que atuam nas unidades prisionais.

“Alguns familiares de presos nos perguntam porque eles têm acesso de dentro do presídio e nós não temos. Eles se comunicam com pessoas dos bairros e facções, essas coisas assim”, detalhou.

“Se o bloqueador veio para impedir a criminalidade, porque ele está impedindo somente a nós? Lá dentro os presos continuam se comunicando”.

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