Cientistas identificam duas cepas do novo coronavírus animais de Zoológico dos EUA

Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram duas linhagens diferentes do coronavírus Sars-Cov-2 em felinos do Zoológico do Bronx, em Nova York. O achado foi publicado nesta quinta-feira (23) como prévia (pré print) e ainda aguarda a revisão pelos pares (outros cientistas), na chamada peer review.

Nadia, uma tigresa malaia de 4 anos, no Zoológico do Bronx, em Nova York, em imagem sem data; a instituição informou, em 5 de abril de 2020, que o animal testou positivo para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) — Foto: Reuters

Nadia, uma tigresa malaia de 4 anos, no Zoológico do Bronx, em Nova York, em imagem sem data; a instituição informou, em 5 de abril de 2020, que o animal testou positivo para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) — Foto: Reuters

Para identificar as duas cepas do novo coronavírus, os cientistas sequenciaram o material genético dos vírus retirados dos animais. A variação entre eles sugere, segundo o estudo, que a infecção tenha tido origens diferentes em cada um dos espécimes em cativeiro.

Tipo 1 – Se espalhou em leões, de origem desconhecida

Tipo 2 – Se espalhou em tigres, possivelmente pelo contato com cuidadores

O zoológico nova-iorquino reconheceu em março deste ano que quatro tigres e três leões apresentaram sintomas leves de Covid-19 e todos os animais foram submetidos ao teste RT-PCR (cotonete) para o diagnóstico da infecção.

O RNA (“DNA” do vírus) foi identificado nas secreções dos sete felinos. Além disso, os pesquisadores encontraram traços do Sars-Cov-2 nas amostras de fezes dos animais. Os cuidadores também foram submetidos a testes sorológicos que denunciaram a presença de anticorpos no organismo.

Quatro funcionários do Zoológico do Bronx relataram sintomas leves da Covid-19. Segundo o estudo, apenas os quatro foram submetidos a testes e foram isolados do trabalho após o aparecimento dos sintomas que incluíam febre, tosse, calafrios, dores musculares e cansaço.

Infecção em cachorro

Em 28 de fevereiro, exames em um cão em Hong Kong também detectaram a presença de coronavírus, de acordo com um porta-voz do Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação do território semi-autônomo da China.

Os níveis detectados no cachorro eram baixos, e o animal não apresentou sintomas. Ainda não está claro se o vírus do animal pode infectar humanos.

Além disso, novos exames adicionais serão feitos para comprovar se o cão está realmente infectado pelo vírus ou se o resultado do exame se deve à contaminação ambiental do nariz e boca do animal.

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