O Acre chega nesta sexta-feira (17) ao quarto mês de pandemia de coronavírus com quase 17 mil casos oficiais e cerca de 450 mortes. Dois em cada 100 acreanos já viraram estatística de infectados nos boletins epidemiológicos diários da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
Proporcionalmente, o Acre é o quinto estado brasileiro com o maior número de contaminados. São 1912,3 casos para cada 100 habitantes, segundo o Ministério da Saúde. À frente do estado estão apenas Roraima (4027,5), Amapá (3902,4), Distrito Federal (2574,3) e Amazonas (2123,8).
Porém, de acordo com especialistas, o número de infectados deve ser no mínimo o dobro, uma vez que é grande a quantidade de pessoas assintomáticas ou que sentiram apenas sintomas leves e por isso não procuraram uma unidade de saúde para fazer o teste.
Rio Branco é o epicentro da pandemia, com cerca de metade dos casos e mais de 300 mortos (68% do total). No entanto, se analisada a proporção entre contaminados e tamanho populacional, a capital aparece em sétimo lugar, com 2019,1 infectados para cada 100 mil habitantes.
Na frente de Rio Branco estão Assis Brasil (3141,4), Bujari (2727,4), Cruzeiro do Sul (2712,3), Santa Rosa (2599,4), Brasileia (2268,1) e Tarauacá (2130,8).
Em relação às mortes, quem mais se aproxima de Rio Branco é Cruzeiro do Sul, com 43. Porto Acre e Tarauacá vêm em seguida, com 11 e 10 óbitos, respectivamente.
Três em cada dez mortos pela covid-19 no Acre não possuíam doenças pré-existentes que costumam levar pacientes a óbito com mais facilidade. Do total de vítimas, 60% são do sexo masculino e 40% do feminino.
Mais de 300 das mortes ocorreram em pessoas acima dos 60 anos, com o pico na faixa etária dos 70, que acumula 109 óbitos. Já morreram 72 pessoas entre 50 e 59. No grupo dos 40, foram 33 óbitos e no dos 30 anos, 24. Entre zero e 29 anos o número de vítimas fatais é de apenas 10.
Mais da metade (9,6 mil) dos infectados já recebeu alta e está curada da covid-19.