No início desta semana, duas regionais do Acre passaram da fase de Emergência para Alerta em relação à pandemia, o que possibilitou a retomada de diversos serviços que estavam proibidos de funcionarem desde o dia 17 de março, quando foram confirmados os primeiros casos de coronavírus no estado.
A metodologia foi elaborada pelo governo por meio do Pacto Acre Sem Covid. O plano foi apresentado à sociedade no dia 22 de junho e envolve a participação direta da sociedade e das prefeituras dos 22 municípios. Estas tomarão as decisões a partir dos critérios técnicos e científicos estabelecidos pelo documento.
Existem quatro níveis de risco, cada um deles representado por cores: Emergência (vermelha), Alerta (laranja), Atenção (amarela) e Cuidado (verde).
Para saber se determinada região do Estado está apta a avançar de um campo a outro, observa-se uma série de indicadores divididos em três grupos: contaminação, responsabilidade social e capacidade do sistema de saúde.
O primeiro requisito envolve números referentes à quantidade de novos contaminados, novas internações e novos óbitos. O segundo, de responsabilidade direta da população, leva em conta o isolamento social. Por fim, deve-se observar as taxas de ocupação dos leitos de UTI e leitos clínicos, além do índice de notificações.
Aplicação metodológica
Com os dados em mãos, parte-se para a aplicação metodológica. Cada índice tem um peso específico a partir do qual os números devem ser multiplicados ou divididos. A somatória de todos os resultados dessa operação matemática leva a uma nota geral.
Se essa nota for 15 ou mais, a regional continua na fase de Emergência (vermelha). De 11 a 14, a classificação é de Alerta (laranja). Para a fase de atenção, ainda não alcançada em nenhuma cidade do Acre, as notas a serem obtidas é de 6 a 10. Finalmente, para a última etapa, a de Cuidado (verde), são necessárias pontuações de 0 a 5.
A aferição geral dos indicadores para fins de avaliação de classificação dos níveis ocorrerá em intervalos regulares de ciclos de 14 dias. “Esse intervalo de tempo visa demonstrar a tendência de redução da evolução da contaminação pelo coronavírus e a melhora na capacidade de resposta do sistema de saúde e de controle epidemiológico nas regionais de saúde”, informou o governo.
“Confirmada a redução da contaminação e a melhora de resposta do sistema de saúde, o prefeito formaliza a mudança de um nível superior para outro inferior e aplica a flexibilização para reabertura dos estabelecimentos comerciais e empresariais previstos para esse novo nível”, continua.
No Acre, são três regional de saúde:
– Alto Acre, representada pelos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri;
– Baixo Acre: Acrelândia, Bujari, Capixaba, Jordão, Manoel Urbano, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Senador Guiomard;
– Juruá: Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Tarauacá.
Dessas, apenas a Juruá continua na fase de Emergência (vermelha).
Fase laranja
Com a mudança para a fase de Emergência (laranja), as cidades das regionais do Alto Acre e Baixo Acre puderam permitir a reabertura, com restrições e adoção de protocolos sanitários específicos, dos seguintes setores:
– lojas de móveis, eletrodomésticos, eletrônicos, comunicação, informática, áudio, vídeo e colchoarias, lojas de materiais de construção, empresas e obras do ramo da construção civil e demais estabelecimentos de sua cadeia de produção, distribuição e comercialização;
– shoppings, galerias e centros comerciais, limitados a 30% de capacidade, com exceção de suas respectivas áreas de lazer e alimentação;
– feiras livres, comércio de rua e ambulantes e da indústria em geral, conforme orientações específicas;
– bares, restaurantes, pizzarias, lanchonetes, sorveterias e similares, distribuidoras permanecem exclusivamente com o serviço de delivery e/ou drive-thru.
Ainda seguem sem poder funcionar, nem mesmo parcialmente:
– espaços públicos;
– academias de ginástica, clubes esportivos e de lazer e similares;
– teatros, cinemas e apresentações culturais;
– centros e escolas de formação e capacitação, estúdios de dança, escolas/estúdios de música, centro de formação de condutores de veículos automotores e similares;
– eventos, feiras, seminários e congressos.