Você já ouviu falar na dieta do ovo? Com a promessa de diminuir 10kg em apenas duas semanas, esse método é um dos mais falados do momento entre aqueles que querem perder peso de maneira rápida! No entanto, mesmo com todo esse benefício, fica a dúvida: será que ele é mesmo uma opção saudável e realmente funciona em todos os casos?
Para entender melhor essa dieta que deu o que falar entre as celebridades, conversamos com a nutricionista funcional Caroline Miranda para saber sua opinião sobre o procedimento e descobrir se ele não pode acarretar algum tipo de dano para a saúde. Confira!
Para a nutricionista, não existe alimento milagroso quando o assunto é dieta
Como o nome já indica, o ovo é o ingrediente responsável pelo sucesso dessa dieta – que tem como principal base o consumo de um ovo cozido antes das três principais refeições do dia (café da manhã, almoço e janta), além de um cardápio cheio de legumes e frutas. A justificativa para a sua eficácia vem do fato do alimento aumentar a sensação de saciedade do organismo por ser rico em fibras e proteínas e também por acelerar o metabolismo.
No entanto, para a nutricionista Caroline Miranda, essas práticas que consistem em apostar em um único alimento para perder peso podem não ser ideais. “É importante frisar que não existe um único alimento milagroso, ou seja, aquele que será responsável pelo seu emagrecimento. O ovo deve estar presente em uma alimentação equilibrada, exceto na de pessoas que possuem alergia a ele, pois, neste caso, trará inúmeros prejuízos”, esclarece.
Ovo realmente aumenta a saciedade, como promete a dieta
Mesmo não concordando com a prática de se apoiar na promessa de eficácia de apenas um alimento, a nutricionista confirma que a justificativa para o bom funcionamento da dieta do ovo faz sentido: ele realmente ajuda a emagrecer por ter o poder de aumentar a sensação de saciedade entre uma refeição e outra.
Além disso, também confirma o seu valor nutritivo – especialmente da gema, que é rica em carotenoides, vitaminas e fosfolipídio, que recebe o nome de fosfatidilserina. Além de trazer benefícios para a memória e concentração, esse componente também traz melhoras para o desempenho físico e diminui a retenção de líquidos e o colesterol ruim.
Comer muito ovo faz mal?
Você já deve ter ouvido falar que exagerar na quantidade de ovo durante o dia pode fazer mal para o organismo – e é justamente por causa desse ponto que a dieta costuma ser mais questionada. Mas, segundo a nutricionista, essa questão não seria o maior problema. Tirando as pessoas que têm alergias ou que apresentam alterações genéticas no metabolismo de gorduras – cujo consumo deve ser avaliado de modo individual -, o alimento não oferece riscos e pode ser associado a uma dieta saudável.
Seguir novos hábitos alimentares é a melhor forma de emagrecer de maneira saudável e eficaz
De acordo com a nutricionista, o melhor jeito de emagrecer é procurar mudar os hábitos alimentares ao invés de seguir dietas que focam na eficácia de um único alimento para funcionar. “O emagrecimento de qualquer pessoa precisa levar em consideração a sua adesão aos novos hábitos alimentares e de vida. A consistência das ações relacionadas ao seu objetivo será o principal fator para atingir resultados significativos”, explica a profissional.
Além disso, Caroline Miranda também ressalta que dietas restritas e que prometem emagrecimento rápido podem fazer com que algumas pessoas acabem sofrendo com o efeito sanfona. “O metabolismo fica totalmente prejudicado e isso interfere na velocidade dos resultados. Logo, dietas muito restritas não costumam ser o melhor caminho”, finaliza.