Engana-se quem acha que a novela envolvendo a candidatura do Progressistas para a prefeitura de Rio Branco chegaria ao fim. Uma reunião realizada na manhã desta quarta-feira (22) entre dirigentes do partido mais sete siglas aliadas reforçou que a chapa Tião Bocalom e Marfisa Galvão (PSD) segue firme, mesmo após a confusão envolvendo a quase saída do governador Gladson Cameli da legenda.
O encontro aconteceu no escritório da senadora Mailza Gomes, em Rio Branco. Participaram o vice-presidente estadual do Progressistas, James Gomes; o presidente municipal, Reginaldo Ferreira; um dos principais articuladores da pré-campanha, o senador Sérgio Petecão (PSD); e outras lideranças dos seis partidos que orbitam a chapa (PROS, DC, Patriota, PMB, PRTB e PTB).
“Reiteramos aquilo que já foi decidido há muito tempo: Bocalom e Marfisa são os pré-candidatos desses oito partidos à prefeitura da capital”, confirmou, à reportagem, Petecão.
A reunião põe ainda mais gasolina na fogueira. Ela acontece horas depois de o governador declarar que desistiria de deixar o Progressistas, desde que o partido mudasse “algumas situações”.
“Se mudar, eu fico. Se não, eu vou dar um tempo”, disse, referindo-se à chapa Bocalom e Marfisa, que tanto o desagrada. O chefe do Executivo chegou a escrever carta de desfiliação e planejava entregá-la no final da tarde de segunda (20), mas foi convencido a ficar pelos sete prefeitos e vice-prefeitos e três deputados estaduais da legenda.
A ideia de Cameli, ao ficar no Progressistas, é, segundo fonte próxima ao gestor, “reestruturar a arquitetura eleitoral” da sigla. Ou seja: ter voz e vez para pôr em prática seu plano de levar o partido ao palanque da Socorro Neri (PSB), com grandes possibilidades de ter Ney Amorim como vice.
Pelo visto, faltou combinar com os dirigentes partidários, que não vão arredar o pé. Com isso, a novela segue sem desfecho.