Equipes de resgate intensificaram nesta segunda-feira (6) as operações de resgate no Japão em busca de sobreviventes, após as inundações e deslizamentos de terra do fim de semana que deixaram dezenas de mortos.
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O balanço provisório registra quase 50 mortos, mas as autoridades locais temem o aumento do número de vítimas em consequência das chuvas torrenciais que afetam desde sábado a região de Kumamoto, na ilha de Kyushu.
Dezenove pessoas morreram e 18 estão em situação de “parada cardiorrespiratória”, termo geralmente utilizado no Japão para anunciar o falecimento de uma pessoa que ainda não teve a morte confirmada oficialmente por um médico, anunciou nesta segunda-feira (6) o porta-voz do governo nipônico, Yoshihide Suga.
Treze pessoas são consideradas desaparecidas
“Devido às fortes chuvas, tivemos que cancelar alguns voos de helicóptero na zona devastada”, afirmou à AFP Tsubasa Miyamoto, funcionário do governo de Kumamoto.
As inundações destruíram estradas e derrubaram pontes, o que deixou muitas comunidades isoladas do mundo.
Em uma das áreas mais afetadas, os moradores escreveram as palavras “arroz, água, SOS” no chão, enquanto outros agitavam toalhas para pedir ajuda.
Em uma casa de repouso, as autoridades presumem que 14 pessoas se afogaram devido à inundação do térreo após a cheia de um rio, o que impediu que os residentes em cadeiras de rodas buscassem refúgio nos andares superiores.
Os serviços de emergência e outros residentes conseguiram resgatar 50 idosos e funcionários do local com a ajuda de um bote salva-vidas.
As fortes chuvas devem prosseguir até terça-feira, de acordo com as previsões meteorológicas.
“É o caos”, disse Hirotoshi Nishi, morador da zona sul da ilha Kyushu, ao canal público NHK. “Muitos pedaços de madeira caíram na minha casa. Não sei o que fazer”.
Hirokazu Kosaki, motorista de ônibus de 75 anos da cidade de Ashikita, declarou à agência Jiji: “Havia apenas água por todos os lados, até perder a vista”.
A agência meteorológica japonesa pediu a centenas de milhares de moradores de Kumamoto e da região vizinha de Kagoshima que abandonem suas casas.
As operações de resgate foram prejudicadas pelo temor de propagação do coronavírus.
Assim, divisórias foram instaladas em centros de abrigo para manter o distanciamento social. As autoridades pediram às pessoas que lavem as mãos com frequência e usem máscaras.