Jovem picado por cobra naja terá de pagar multa de R$ 61 mil ao Ibama

O estudante de veterinária Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, picado pela cobra naja que criava ilegalmente no Distrito Federal será multado em R$ 61 mil pelo Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente), por maus-tratos e por manter serpentes nativas e exóticos em cativeiro sem autorização.  A mãe e o padrasto do estudante também serão multados, em R$ 8,5 mil cada, por terem dificultado a ação de resgate.

A polícia  suspeita que Pedro faça parte de uma rede de tráfico internacional de animais. O caso começou a ser investigado após o acidente. Pedro recebeu alta na segunda-feira (13), após ficar internado em estado grave. A suspeita é de que o jovem criava o animal em casa ilegalmente.

Um amigo de Pedro Henrique será multado em R$ 81,3 mil por por dificultar a ação do instituto, manter animais nativos e exóticos em locais inapropriados e sem autorização, além de maus-tratos.

O Ibama e a polícia foram até a residência do pai do amigo da vítima da naja, no Guará (DF), onde apreenderam uma jiboia arco-íris (que pertencia à vítima), peles de jiboia e de cobra surucucu, penas de arara canindé e carapaça de tatu. A investigação apontou que o homem tem participação nos fatos. As multas imputadas a ele vão chegar a R$ 33.500.

O caso da naja levou o Ibama a uma grande operação em busca de animais exóticos criados ilegalmente no Distrito Federal. Em dez dias, 32 serpentes foram resgatadas. Também outros animais exóticos também foram localizados, como tubarões e lagartos.

Uma mulher que criava uma cobra jiboia, em Samambaia (DF), decidiu entregá-la voluntariamente ao Ibama, que foi até à residência para buscar o animal. Ela não foi penalizada, já que entregou a serpente de forma espontânea.

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