Um grupo de organizações não governamentais promove, nesta segunda-feira (27), uma mega live com cerca de 40 atrações para arrecadar recursos financeiros a serem revertidos em alimentos e produtos de higiene para indígenas e seringueiros no Acre.
O Empate 2020: Povos da Floresta contra a Covid-19 acontece das 13h às 15h, no horário do Acre, e será transmitido por meio de uma sala no aplicativo ZOOM. A exibição será replicada em outros canais, como nas redes sociais do Mídia Ninja, por exemplo.
Participam da live artistas locais, pesquisadores, lideranças socioambientais e muito mais. Entre os músicos que confirmaram presença estão o grupo Moças do Samba e o cantor Bruno Damasceno. Personalidades que fazem parte da história da Amazônia também darão as caras no evento.
A proposta é colaborar para que moradores de terras indígenas e reservas extrativistas passem pela pandemia de coronavírus com menos dificuldade. Para isso, a meta de arrecadação é de R$ 1 milhão. As doações podem ser feitas AQUI. Os valores são tabelados entre R$ 20 e R$ 280 – ou quantias avulsas superiores a R$ 280.
O evento é uma realização do Comitê Chico Mendes, SOS Amazônia, Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-AC) e Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) e conta com importantes parcerias nacionais e internacionais.
“A pandemia de coronavírus agora que está chegando com força nas aldeias e seringais. Esse é um evento de união entre as pessoas que se preocupam com a saúde e o bem-estar dos povos da floresta. Isso é o Acre: um estado que tem traços diferentes, de pensamentos que se agregam em torno de um bem comum”, comenta a artista e gestora cultural Karla Martins, uma das articuladoras do projeto.
Resgate
O Empate 2020: Povos da Floresta contra a Covid-19 resgata a histórica Aliança dos Povos da Floresta, movimento que aconteceu no Acre na década de 1980, idealizada pelo seringueiro, ambientalista e sindicalista Chico Mendes, por uma das maiores lideranças indígenas do país, Ailton Krenak, de Minas Gerais, e outros companheiros.
Pela primeira vez na história da Amazônia, índios, seringueiros e ribeirinhos se uniram na defesa de seus interesses comuns: a preservação da floresta e o fim da opressão dos madeireiros, pecuaristas e seus representantes da classe política.
Outro resgate é o dos Empates, ação organizada pelos seringueiros para impedir a derrubada da floresta a partir de um cordão humano em frente aos tratores e motosserras.