O pré-candidato à prefeitura de Rio Branco pelo PSDB, Minoru Kinpara, rompeu o silêncio e falou sobre as notícias envolvendo alianças para a corrida eleitoral. O tucano disse não estar, por hora, preocupado com o assunto e que informações veiculadas sobre possíveis vices não são verdadeiras.
“Fico triste quando leio nas redes sociais ou em jornais que pessoa A ou B será meu vice. Esse não é o momento apropriado para essa discussão”, escreveu Kinpara, em seu perfil no Facebook.
De acordo com o ex-reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac), o momento agora é de total atenção para a pandemia de coronavírus, que já infectou mais de 14 mil acreanos, matando 387 deles.
Minoru se viu no meio do fogo cruzado entre o vice-governador Wherles Rocha e o PSL local após o major negociar com a executiva nacional da legenda sua filiação ao ex-partido do presidente Bolsonaro, o que desagradou os militantes pesselistas do Acre.
A ideia de Rocha, ao ir para o PSL sem ter rompido com seu antigo partido, é levar a sigla a apoiar Minoru, que estava isolado em alianças. Com isso, a legenda fará a indicação do vice.
A militância pesselista, que se intitula totalmente ideológica no campo da direita, acusou Minoru de ter veia esquerdista. O ex-reitor já foi presidente do PT e candidato derrotado ao senado pela Rede Sustentabilidade, partido criado pela ex-petista Marina Silva.
Após muito diálogo, que contou com moderação do vice-presidente nacional do PSL, que veio ao Acre apenas para aparar as arestas, Rocha se filiou ao partido nesta quinta-feira (3) e ganhou a presidência da executiva municipal.
Em troca, a ex-agremiação de Bolsonaro levou, do dia pra noite, o vice-governo do Acre, uma importância que nunca teve até então, e a oportunidade de compor a chapa favorita nas pesquisas até o momento.
Coligado com o PSL, Minoru terá maior tempo de TV e a fatia pesselista dos recursos partidários.
Um dos nomes ventilados no meio político para acompanhar o ex-gestor universitário no pleito de novembro é o do coronel Ulysses Araújo (PSL), que entregou carta de demissão do comando-geral da Polícia Militar nesta sexta-feira (3).
O pré-candidato a prefeito de Rio Branco pelo PSL, o empresário Fernando Zamora, já se retirou oficialmente da pré-disputa e deve sair do partido.