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No Acre, fotógrafos se adaptam à pandemia com ensaios feitos por videochamada

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Luz, câmera e videochamada. É assim a nova rotina de muitos fotógrafos em tempos de pandemia. Devido a necessidade de isolamento social, os profissionais tiveram de se adaptar para manter o trabalho. E a alternativa encontrada foram os ensaios à distância.

Funciona da seguinte maneira: o fotógrafo agenda o book e conversa com o cliente por telefone para conhecer os espaços da residência mais adequados para fotografia, levando em conta iluminação e cenário. Em alguns casos, ele ajuda até mesmo a escolher o figurino.

A ex-BBB Gleici Damasceno garantiu seu book da quarentena / Foto: Sam Oliveira

Quando o trabalho de produção estiver pronto, é hora de fazer a videochamada. Mas, antes, é preciso definir a posição e distância do celular do cliente e o melhor ângulo para as fotos. Finalizada a direção, começam os cliques e prints, tudo com muita conversa para deixar os fotografados brilharem à vontade e com a espontaneidade típica dos ensaios.

Depois daí, é só levar as imagens para edição e entregá-las aos clientes, que passam a ter um registro fotográfico de sua rotina na quarentena, sem precisarem se expor a riscos.

Fotógrafo Luiz Moura é carioca, mas mora e trabalha no Acre há três anos / Foto: Arquivo pessoal

No Acre há três anos, o carioca Luiz Moura, premiado no Rio de Janeiro com exposições fotográficas, usa uma câmera profissional para fotografar a tela do próprio celular durante a transmissão da imagem. Ele conta que o resultado tem sido muito satisfatório.

“As pessoas estão gostando bastante. Isso eleva a autoestima delas e as faz passarem o tempo de uma forma bem agradável e saudável. A técnica nasceu desse momento tão difícil que nós estamos passando, que é o de confinamento, onde as pessoas têm que ficar em casa, muito estressadas e com um milhão de informações ruins todos os dias”, disse.

Luiz Moura usa uma câmera profissional para fotografar a lente do celular / Foto: Arquivo pessoal

O profissional explica que foi essa a forma que encontrou para dar continuidade ao seu serviço durante a pandemia. “Na quarentena a gente fica impossibilitado de fazer várias coisas, então foi uma maneira que descobri de fotografar e continuar meu trabalho”.

A fotógrafa acreana Sam Oliveira tem um formato diferente de captar as imagens. Ao invés de usar uma câmera para fotografar o celular, ela prefere tirar prints do próprio aparelho telefônico para editá-los e depois entregar aos fotografados. Foi dessa forma que registrou o dia a dia da ex-sister Gleici Damasceno e da ex-miss Acre Maxine Silva.

Seu estilo de fotografia é voltado para os sentimentos e a sensibilidade, o que casa com o atual momento vivido em todo o mundo por conta da pandemia de coronavírus.

Sam Oliveira também faz autorretratos conceituais em casa / Foto: Arquivo pessoal

“Muitas pessoas estão ressignificando a vida. O ambiente doméstico também passa por transformações. Está tudo mudando. Então penso que é interessante registrar esse momento”, afirma a também diretora de arte, que faz, ainda, autorretratos conceituais em casa para inspirar seus seguidores a trabalharem a própria sensibilidade fotográfica.

Luiz Moura e Sam Oliveira mostram um pouco da suas vidas e de seus trabalhos no Intagram por meio dos perfis @luizmourafotografo e @samoliveiraph, respectivamente.

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