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PSOL emite nota sobre operação da PF e nega irregularidades nas eleições de 2018 no Acre 

Por SAIMO MARTINS, DO CONTILNET

Nesta sexta-feira (3), a direção do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), emitiu uma nota pública sobre as supostas irregularidades apontadas na Operação Citricultor, desencadeada pela Polícia Federal no Acre esta semana, onde o partido é investigado pela possível prática de crimes eleitorais, principalmente, com candidaturas laranjas.

Em nota, a direção diz que não cometeu crimes, nem com funda partidário e muito menos com prestação de contas de seus candidatos. O partido esclarece que não houve erros na distribuição de recursos nas candidaturas femininas, uma vez que em 2018, o partido só tinha uma candidata do sexo feminino.

Membros da executiva Estadual afirmaram que o PSOL foi denunciado por um filiado que se sentiu prejudicado. “O PSOL está sendo vítima de uma narrativa odiosa produzida uma pessoa desequilibrada e sem caráter e que, por erro de avaliação, havia sido acolhida no seio do nosso partido. Sabe-se, hoje, que esse indivíduo já foi preso por mais de uma vez, inclusive, por crimes de falsidade ideológica e estelionato, motivos que levaram a Direção Nacional a afastá-lo dos quadros”, diz trecho da nota.

Esclarecimentos à Sociedade

Em razão da noticiada operação promovida pela Polícia Federal envolvendo membros do PSol no dia 30 de junho de 2020, relacionada às eleições do ano de 2018, sua direção estadual vem a público prestar os seguintes esclarecimentos à sociedade acreana:

1 – O Partido apresentou 16 candidaturas, respeitando o percentual mínimo de 30% para candidaturas femininas.

2 – Em conformidade com a legislação, todas as candidaturas receberam recursos do fundo eleitoral, tendo-se destinado o percentual mínimo previsto em lei às candidaturas femininas. Importante registrar que as contas do partido e de todas as candidatas mulheres foram aprovadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

3 – O custo das campanhas de *todos os 16 candidatos*, foi de R$ 545.000,00 (quinhentos e quarenta e cinco mil reais), conforme havia sido definido e aprovado pela Direção Nacional do PSOL. A distribuição desses recursos foi orientada pelo objetivo principal do partido, que era romper a cláusula de barreira, sem o que não teria como garantir sua existência. Para isso, em todo o país, o PSOL priorizou as candidaturas aos cargos de deputado federal e senador, razão pela qual dos R$ 545.000,00 (quinhentos e quarenta e cinco mil reais), os candidatos a deputado federal receberam R$ 400.000,00 (quatrocentos mil) reais. Considerando a obrigatoriedade de destinação de, no mínimo, 30% desse valor às candidaturas femininas, foram destinados R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) à única candidata mulher para esse cargo, do partido.

4 – O recurso remanescente – R$ 145.000,00 (cento e quarenta e cinco mil) reais – foi distribuído entre as 11 candidaturas estaduais, também respeitando o mínimo de 30% para as candidatas mulheres.

5 – O PSol e seus militantes não infringiram a lei. A utilização dos recursos citados foi feita com honestidade e exatamente como declarado e documentado nas prestações de contas dos seus candidatos.

6 – O tempo e o compromisso com a transparência e a democracia revelarão que o PSol está sendo vítima de uma narrativa odiosa produzida por uma pessoa desequilibrada e sem caráter e que, por erro de avaliação, havia sido acolhida no seio do nosso partido. Sabe-se, hoje, que esse indivíduo  já foi preso por mais de uma vez, inclusive, por crimes de falsidade ideológica e estelionato, motivos que levaram a Direção Nacional a afastá-lo dos quadro do partido e se encontra no conselho de ética em processo de expulsão.

7 – Do outro lado estão as mulheres e homens que participaram da campanha em 2018, dedicados à luta por uma sociedade mais justa e igualitária, nunca tendo respondido a qualquer processo criminal, sendo hoje investigados.

8 – O partido está totalmente à disposição da justiça para fazer os esclarecimentos necessários e apresentar todas as informações que forem solicitadas. Espera, apenas, que a investigação seja realizada de forma serena, sem pré-julgamentos e sem exposição injusta, precipitada e baseada em apenas uma versão dos fatos, como tem sido até aqui.

A Direção Executiva Estadual

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