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Vacina chinesa para Covid-19 é segura, anunciam cientistas

Por G1

Pesquisadores chineses anunciaram, nesta segunda-feira (20), que uma vacina para Covid-19 que ainda está em testes na China é segura e induziu resposta imune.

O resultado da pesquisa se refere à fase 2 de testes. O ensaio clínico randomizado foi realizado em abril de 2020 e envolveu mais de 500 pessoas.

O estudo constatou que 95% (241/253) dos participantes no grupo que recebeu doses altas e 91% (118/129) dos integrantes do grupo de doses baixas apresentaram respostas imunes às células T ou aos anticorpos no dia 28 após a vacinação.

Ensaios da fase 3 são necessários para confirmar se a vacina protege efetivamente contra a infecção por SARS-CoV-2.

O anúncio foi feito no mesmo dia em que a Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciou que a vacina testada pela instituição também teve resultados preliminares seguros e induziu resposta imune.

Os resultados sobre a vacina da China foram identificados durante a fase 2 de testes (leia mais abaixo sobre as fases de desenvolvimento de vacinas).

Os cientistas aplicaram um adenovírus recombinante tipo 5 em abril de 2020 em mais de 500 pessoas.

O objetivo principal do estudo foi avaliar a resposta imune e a segurança e determinar a dose mais adequada para um estudo de fase 3, última fase de testes.

Os ensaios de fase 3 são necessários para confirmar se a candidato a vacina protege efetivamente contra a infecção por SARS-CoV-2.

Mais de 160 vacinas contra Covid em testes

De acordo com a OMS, há 163 vacinas sendo testadas contra o coronavírus, sendo que 23 delas estão na fase clínica, que é o teste em humanos. Os números são do balanço da organização com dados até 14 de julho.

Processo longo e resultado incerto: entenda o que mais de 160 candidatas a vacina de Covid-19 enfrentam na luta contra possível fracasso

As etapas de produção de uma vacina envolvem 3 fases:

Fase 1: avaliação preliminar com poucos voluntários adultos monitorados de perto;

Fase 2: testes em centenas de participantes que indicam informações sobre doses e horários que serão usados na fase 3. Pacientes são escolhidos de forma randomizada (aleatória) e são bem controlados;

Fase 3: ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da eficácia/segurança e prever eventos adversos; só então há um registro sanitário

Embora os estudos avancem em todo o planeta, o prazo de 12 a 18 meses para liberação é considerado um recorde. A vacina mais rápida já criada, a da caxumba, levou pelo menos quatro anos para ficar pronta.

Outra hipótese contra a qual todos os pesquisadores lutam é a de que uma vacina efetiva e segura nunca seja encontrada. O vírus do HIV, que causa a Aids, é conhecido há cerca de 30 anos, mas suas constantes mutações nunca permitiram uma vacina.

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