Muito simples de ser executada, mas ainda marcada por muitos tabus, a masturbação é simplesmente o ato de chegar ao orgasmo tocando a próprias partes íntimas. Ela pode ser realizada com as mãos ou com o uso de algum objeto. Assim, cada um ativa a criatividade visando à obtenção do prazer maravilhoso que é proporcionado pelo ato.
Apesar de ser uma ótima forma de autoconhecimento, o excesso pode fazer mal. “O vício, como qualquer outro, pode trazer danos traumáticos ao indivíduo”, explica a sexóloga Tatiana Bovolini. Para ela, o ato não é ruim, desde que não extrapole os limites do bom senso.
“Se o estímulo for sempre o mesmo pode ser ainda mais prejudicial, pois o cérebro pode acabar ‘viciando’, fazendo com que essa pessoa tenha dificuldade de atingir o orgasmo de outras formas, principalmente nas relações sexuais”.
A especialista explica que não existe uma quantidade ideal de vezes para se masturbar em um dia. “Os riscos não atingem quem pratica masturbação algumas vezes na semana, e, sim, quem se masturba com tanta frequência que acaba interferindo nas atividades diárias, como trabalho, lazer ou estudo, deixando de lado a interação social em prol do prazer solitário”.
Diminui a sensação de prazer
Segundo um estudo realizado pela Universidade de Paisley, na Escócia, e assinado pelos cientistas Dr. Stuart Brody e Tillman Kruger, há uma concentração 400% maior de hormônios como a ocitocina e a prolactina durante a relação sexual do que em orgasmos alcançados por meio da masturbação.
A ocitocina está diretamente relacionada ao prazer sexual, então, quando você se masturba, a satisfação é 400% menor do que em uma relação sexual e, por isso, quanto mais você se masturba, mais seu cérebro fica esperando uma onda de prazer que nunca chega.
Diminui a sensibilidade
Parece cenário de filme de terror, mas é um problema real! Quando você se masturba demais, pode gerar a Death Grip Syndrome. Uma síndrome que ocorre por causa da força da mão sobre o membro e tira a sensibilidade dos nervos do pênis ou do clitóris. O Doutor Michael. A. Perelman escreveu um artigo sobre isso para a revista Vice, e sugeriu que os leitores mudem os movimentos da mão na hora de se masturbar para que o corpo consiga responder o estímulo de forma diferente.
Perda de cabelo e de memória
Parece estranho, mas a masturbação em excesso pode estimular as funções do neurotransmissor acetilcolina e do sistema nervoso parassimpático. A falta de moderação nesse estímulo pode resultar na produção exagerada de hormônios sexuais e neurotransmissores como a acetilcolina, dopamina e serotonina, causando uma mudança considerável na química do corpo. Esses efeitos colaterais, segundo a médica, podem resultar em: fadiga, perda de cabelo, perda de memória, visão embaçada e, no caso dos homens, dor nos testículos.
Exaustão sexual
Como a masturbação em excesso afeta as funções do sistema nervoso e do fígado, também pode iniciar um processo de exaustão sexual até em homens e mulheres mais jovens.
Vazamento de esperma
No caso dos homens, a masturbação em excesso pode provocar um “vazamento de esperma”, mesmo sem ereção, e torná-lo comum no seu dia a dia. Isso é um sinal de que o nervo que costuma “fechar a válvula da ejaculação” está enfraquecido por causa do excesso de estimulação na área.