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Alexandre Garcia defende Bolsonaro após ameaça a repórter

Por TERRA

Alexandre Garcia voltou a defender o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na CNN Brasil, nesta terça-feira (25). Ao comentar as duas últimas polêmicas envolvendo o político e jornalista, o ex-global afirmou que ele tem sido coerente e que “não tem sangue de barata”.

“A história de que atacou jornalistas no Palácio, eu estava lá, eu ouvi. Ele disse: ‘Olha, eu sou atleta e vocês jornalistas me ridicularizam. Vocês são uns fracotes, não são atletas, quero ver quando pegarem a Covid’. Foi a agressão dele aos jornalistas”, opinou o comentarista, fazendo referência ao momento em que Bolsonaro chamou o “pessoal da imprensa” de “bundões”.

Alexandre Garcia, vale destacar, foi convidado do presidente da República para participar do evento Brasil Vencendo a Covid, que aconteceu na tarde de ontem (24). Além deles, médicos e outras autoridades participaram do encontro e defenderam o uso da hidroxicloroquina no tratamento contra o novo coronavírus.

Alexandre Garcia

Comentarista da CNN Brasil ainda criticou os jornalistas (Imagem: Reprodução/ CNN Brasil)

Sobre o episódio em que Jair Bolsonaro ameaçou um repórter do jornal O Globo de agressão, o ex-apresentador admitiu que a fala dele foi realmente para o jornalista – diferente do que alguns bolsonaristas têm destacado.

“Eu achei que era outra coisa, porque me mandaram um vídeo com uma legenda que induz o ouvido a escutar outra coisa”, iniciou o comentarista da CNN Brasil, que afirmou ter levado o vídeo para um perita, que desmentiu a versão dada por alguns apoiadores do presidente.

“Foi uma resposta que o presidente deu, porque, como dizia minha mãe, ele não tem sangue de barata. Quando tocam em alguma coisa da família dele, principalmente a mulher ou a filha dele, ele pisa na casca de banana que é jogada. Ele deu essa resposta, poderia não ter respondido. Poderia ter usado a cabeça fria, mas não fez isso”, acrescentou Garcia.

“É do temperamento. Ele foi eleito por isso. Outro dia um eleitor dele me disse: ‘Não aguento mais, Bolsonaro fala demais, ele tem que calar a boca’. Eu perguntei: ‘Você votou nele de boca calada?’. Você quer que ele mude, seja falso? Que foi eleito um, mas se assuma outro?”, seguiu ele.

“Não estou justificando nada. São atitudes condenáveis, criticáveis, mas o problema é que eu aprendi na faculdade que nós não somos mais importantes do que a notícia. Ontem houve um dia histórico no Palácio do Planalto, com 100 médicos mostrando todo o tratamento da hidroxicloroquina, que está num nível de evidência científica A2. Mas a notícia foi só a história que ele se referiu aos jornalistas”, completou o famoso.

 

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