Covid-19: em que pé estão as 6 vacinas mais adiantadas contra a doença

Existem pelo menos  165 vacinas contra a  Covid-19 sendo desenvolvidas atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Rússia parece querer chegar na frente nessa corrida . O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta semana que foi feito o registro que confirma a aprovação de uma  vacina desenvolvida no país e que pretende começar a vacinação em massa, já no mês de outubro.

O problema é que a vacina criada em Moscou só passou pela primeira fase de testes, em que é verificada a segurança, segundo a OMS .

A vacina da empresa chinesa Sinovac, a CoronaVac , usa cópias inativadas (mortas) do coronavírus para levar o nosso sistema imune a produzir anticorpos capazes de neutralizar o coronavírus.

Ela está em testes de fase 3 no Brasil, desde julho, e na Indonésia, desde o início deste mês.

Ao todo, 9 mil profissionais da saúde brasileiros devem participar, nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília.

A Sinovac é uma companhia privada com sede em Pequim e que tem experiência na produção de vacinas contra febre aftosa, hepatite e gripe aviária.

A tecnologia em teste é considerada segura, porque, ao usar o vírus inativado, é mais difícil que a vacina deixe uma pessoa doente.

A Sinovac diz ter a expectativa de produzir por ano 100 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus.

No Brasil, a empresa fez uma parceria com o Instituto Butantan, que é ligado ao governo de São Paulo. De acordo com o governador paulista, João Doria (PSDB), a CoronaVac pode estar disponível em janeiro do ano que vem.

Moderna

A empresa americana Moderna desenvolve uma vacina que usa uma técnica inovadora, conhecida como RNA mensageiro.

Enquanto uma vacina tradicional usa vírus inativados ou atenuados (alterados para não serem infecciosos), esta vacina usa um pequeno fragmento do código genético do coronavírus, que é injetado no paciente.

Isso não é capaz de causar uma infecção ou os sintomas da Covid-19 , mas pode ser suficiente para que as nossas células, ao absorver esse código genético, passem a produzir as proteínas que existem na superfície do coronavírus para gerar então uma resposta do sistema imunológico.

Se essa técnica funcionar, será a primeira vacina a empregar esse método.

O governo dos Estados Unidos investiu quase US$ 1 bilhão nessa pesquisa. A vacina está em testes em humanos desde março e, no final de julho, entrou na fase três, que terá 30 mil participantes nos Estados Unidos.

Caso os resultados sejam positivos, o governo Trump já garantiu que receberá 100 milhões de doses ao pagar mais US$ 1,5 bilhão por isso.

BioNtech | Pfizer | Fosun

No final de julho, a coalizão de empresas por trás dessa vacina anunciou o início dos testes combinados de fase dois e três . Ela também usa a técnica de RNA mensageiro para obter uma resposta imune.

Serão 30 mil voluntários nos Estados Unidos e em outros países, entre eles Argentina, Brasil e Alemanha.

Trump comprou 100 milhões de doses por US$ 1,9 bilhão, com a opção de comprar mais 500 milhões se quiser, e o governo do Japão garantiu 120 milhões para o país.

A expectativa é que sejam fabricadas mais de 1,3 bilhão de doses até o final do próximo ano.

A pesquisa é uma colaboração entre a empresa alemã BioNTech, a americana Pfizer e a chinesa Fosun Pharma.

CanSino

A empresa chinesa CanSino dará início em breve aos testes da fase três na Arábia Saudita, segundo o ministério da Saúde deste país. A companhia também negocia com outros governos.

A vacina da CanSino usa um adenovírus, chamado Ad5, que causa uma gripe comum em pessoas e foi geneticamente modificado para levar nossas células a produzirem uma proteína que existe na superfície do coronavírus e gerar uma resposta imune.

O projeto foi feito em parceria com a Academia de Ciências Médicas Militares da China.

Após os resultados positivos das duas primeiras fases, as Forças Armadas do país anunciaram ter aprovado o uso desta vacina pela corporação, mas não ficou claro se os soldados são obrigados a serem imunizados com ela.

Sinopharm

A farmacêutica estatal chinesa criou duas versões de uma vacina que usa cópias inativadas do coronavírus .

Uma foi feita com o Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan e a outra, com o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim.

Elas estão em testes de fase 3 desde julho, nos Emirados Árabes, em um estudo com 15 mil participantes.

O governo do Paraná também firmou um acordo para testar a vacina da Sinopharm em profissionais da saúde do Estado.

A mídia estatal da China divulgou, que, segundo o presidente da empresa, a expectativa é ter uma vacina disponível até o final do ano.

 

 

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