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Crianças espalham covid-19 desenfreadamente, diz estudo

Por TECMUNDO

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores do Hospital Geral de Massas para Crianças, que faz parte do Hospital Geral de Massachusetts, as crianças espalham o novo coronavírus muito mais que os adultos.

A pesquisa, publicada na quarta-feira (19) no The Journal of Pediatrics, foi feita com 192 pacientes do hospital, de zero a 22 anos de idade (a maioria crianças e adolescentes), sendo que 49 deles testaram positivo para a covid-19. Os dados confirmaram que a carga viral (quantidade de vírus produzida por uma pessoa infectada) do novo coronavírus em uma criança é muito maior que a de um adulto hospitalizado.

Crianças têm papel fundamental na disseminação de covid-19

Para o Dr. Lael Yonker, principal autor do estudo, o resultado da pesquisa foi surpreendente. Até pouco tempo, não se imaginava que crianças “sadias” espalhassem covid-19 com essa intensidade. Elas acabam tendo um papel fundamental na propagação da doença, principalmente nos primeiros dois dias de infecção.

“Você pensa em um ambiente de hospital, com todas as precauções para conter a disseminação da doença, proveniente de adultos doentes, e, lá fora, crianças “aparentemente sadias” estão transitando para todos os lugares, carregando uma carga viral muito maior”, disse Yonker, em comunicado à imprensa.

Preocupação com a voltas às aulas

Se a decisão do retorno às aulas já estava difícil devido à duração da pandemia, o novo estudo pode tornar tudo mais complicado, ao passo que vários conceitos equivocados sobre como o vírus age nas crianças serão desmistificados.

Para o Dr. Alessio Fasano, autor sênior da pesquisa, “o estudo fornece fatos indispensáveis para que políticos e autoridades de saúde tomem as decisões mais acertadas em relação a locais frequentados por crianças, como escolas, hospitais especializados, creches, entre outros”.

O fato é que, como a covid-19 tem se mostrado menos perigosa para crianças, a volta às aulas poderia ser considerada em países onde a pandemia já foi controlada. No entanto, agora, imagina-se que essa decisão poderia causar uma nova onda de infecções.

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