Em toda a série no governo Bolsonaro, a melhor marca que o presidente havia atingido foi de 33% de ótimo ou bom, registrada duas vezes, em abril e maio de 2020. Por causa da pandemia, o Datafolha fez as entrevista por telefone, ouvindo 2.065 pessoas nos dias 11 e 12 de agosto. As informações foram publicada no site do jornal “Folha de S.Paulo”.
A melhora na avaliação de Bolsonaro coincide com a moderação do discurso do presidente nos últimos meses. Desde a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, o presidente abandonou a confrontação pública com outras instituições. O mesmo período marca a consolidação do auxílio emergencial de R$ 600 recebidos por trabalhadores informais durante o período da pandemia.
No corte por regiões, seu melhor desempenho relativo foi no Nordeste, justamente a região que concentra mais pessoas que recebem o auxílio. Lá, a rejeição ao presidente caiu de 52% para 35%. A avaliação positiva subiu de 27% para 33%, mas ainda é a mais baixa entre as regiões do país.
No Sudeste, sua aprovação cresceu de 29% para 36%, enquanto a avaliação negativa foi de 47% para 39%.
O Datafolha também mediu a confiança no presidente. Disseram nunca confiar em Bolsonaro 41% dos entrevistados, enquanto 22% sempre confiam e 35% disseram confiar “às vezes”.
Dados de agosto
Avaliação do governo
Ótimo ou bom — 37%
Regular — 27%
Ruim ou péssimo — 34%
Confiança em Bolsonaro
Sempre confiam — 22%
Confiam às vezes — 35%
Nunca confiam — 41%
Dados de junho
Avaliação do governo
Ótimo ou bom — 32%
Regular — 23%
Ruim ou péssimo — 44%
Confiança em Bolsonaro
Sempre confiam — 20%
Confiam às vezes — 32%
Nunca confiam — 46%
