O Flamengo fechou nesta segunda-feira os últimos detalhes para a contratação do lateral-direito Maurício Isla para a vaga deixara por Rafinha.
O vice de futebol Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel chegaram à Espanha e acertaram o acordo de dois anos e meio – até o fim de 2022 – com o agente do atleta, Arturo Jimenez.
Agora, a fase é de redação do contrato, em fase de elaboração. Detalhe importante: O Flamengo não vai incluir cláusula de liberação gratuta para a Europa, como aconteceu com Rafinha.
O salário do chileno já esta acertado, falta apenas definir bônus por títulos e jogos.
Isla organiza a viagem para o Brasil com a família, ao mesmo tempo em que será submetido a exames médicos. Mas a bateria de avaliações também vai acontecer na chegada ao Ninho do Urubu.
A expectativa é desembarcar no Rio ainda esta semana para se integrar ao elenco do técnico Domènec Torrent.
Histórico semelhante
Coincidentemente, tanto Rafinha quanto Isla deixaram o seu país de origem muito cedo. De um lado, o brasileiro foi revelado nas categorias de base do Coritiba e não tardou para ser negoiado com o Schalke 04, da Alemanha. Toda a formação do ex-rubro-negro foi feita na Europa, onde também defendeu o Genoa antes de chegar ao Bayern de Munique.
Já Isla nunca atuou profissionalmente no Chile. Ele foi formado nas categorias de base da Universidad Católica, mas seu primeiro clube foi a Udinese, que o contratou em 2007 após ser um dos destaques da campanha do terceiro lugar do Mundial Sub-20 daquele ano. Desde sempre, era tratado como uma joia do futebol chileno.
Na Europa, no entanto, eles seguiram caminhos distintos. Rafinha não conseguiu ser titular absoluto no Bayern, mas decidiu permanecer e fez parte de uma das maiores equipes da história do clube. Lá, conquistou sete Bundesligas, quatro Copas da Alemanha, quatro Supercopas, uma Liga dos Campeões e um Mundial de Clubes. Mesmo revezando a titularidade com Philipp Lahm e Joshua Kimmich, se tornou ídolo.
Já Isla também não conseguiu firmar na Juventus. Contratado por 9,4 milhões de euros, o chileno fez parte da equipe que conquistou dois scudettos e três Supercopas da Itália. Mas ele decidiu buscar locais onde pudesse ser titular. Rodou por QPR, Olympique de Marseille e Cagliari até chegar ao Fenerbahçe, seu último clube.
Os maiores títulos de Isla são com a seleção chilena, onde é o quinto jogador com mais partidas na história, com 115. Ele tem duas Copas América (2015 e 2016) e disputou três Copas do Mundo.