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Médico diz que AC já passou pelo pico e considera reinfecção ‘pouco provável’

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Foto: Reprodução

Depois que cientistas de Hong Kong anunciaram, nesta segunda-feira (24), a confirmação do primeiro caso no mundo de reinfecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), o mundo inteiro ficou abalado com a possibilidade de enfrentar pela segunda vez, no mesmo organismo, o vírus que tem deixado a maior parte da população em casa.

Um paciente nos EUA, do estado de Nevada, foi também diagnosticado pela segunda vez com a Covid-19 após se curar em abril. O segundo caso foi registrado no fim de maio, com apenas 48 dias de diferença entre os dois testes positivos.

Em entrevista ao ContilNet, o especialista e imunologista Guilherme Pulicci falou sobre a improvável possibilidade de o Acre ter uma situação ou caso parecido.

Pulici

Imunologista Guilherme Pulici em entrevista ao ContilNet/Foto: ContilNet

“Considero que não é impossível, mas extremamente improvável que aconteça isso aqui. Esses casos que foram documentados são poucos frente a milhões de pessoas infectadas”, defendeu.

“O Estado deveria intensificar o isolamento social, sobretudo nos lugares comerciais, e conscientizar a população sobre a importância de manter os cuidados nesse momento”, continuou.

Sobre a situação epidemiológica, Guilherme foi otimista e disse que já passamos pelo pico da doença e que não acredita que sofreremos uma segunda onda antes da chegada vacina.

“Eu creio que nós já passamos pelo pico da doença e, pelo que temos visto no resto do planeta, não teremos uma segunda onda. Penso que a vacina virá antes desse rebote, se ele acontecer – se é que essa segunda onda realmente virá, pois estamos vendo que boa parte da população já está imune, e isso vai criando a tão discutida imunidade de rebanho”, classificou.

Embora o seu posicionamento dê mais esperança à população, o médico alertou para a necessidade de continuar com os cuidados, sem relaxar, para que o pior não aconteça.

“É claro que não temos que, diante de uma expectativa como essa, relaxar com os cuidados de higienização. Se não nos cuidarmos, voltamos para o caos”, finalizou.

O número de infectados no Acre alcançou a marca de 24.462.

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