25 de abril de 2024

MS anuncia R$ 260 mi para conter aumento na mortalidade materna pela Covid-19

O Ministério da Saúde (MS) anunciou a liberação de R$ 260 milhões, nesta sexta-feira (28), para financiar uma série de medidas de proteção às mulheres grávidas ou que acabaram de ter filhos durante a pandemia do novo coronavírus. Entre outros pontos previstos na portaria publicada na última quarta-feira (26), estão o fomento à testagem de todas as gestantes e incentivos financeiros para facilitar o distanciamento social daquelas que não têm condições de fazê-lo.

Segundo dados da pasta, 2.718 gestantes foram infectadas com Covid-19 até o momento, das quais 155 morreram. Entre as puérperas, mulheres que acabaram de ter filhos, 713 contraíram o vírus e 117 morreram. “É um fato que a mortalidade materna aumentou”, disse o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente.

De acordo com o secretário, esse fenômeno pode ter ocorrido por uma resistência em procurar serviços hospitalares, no contexto da pandemia; falta de unidade de terapia intensiva (UTI) adulto/materno; necessidade de medicamentos específicos, como anticoagulantes, e falta de testagem. “Não pode esperar o quadro agravar, principalmente na gravidez, o que a gente nota é uma piora muito rápido do quadro clínico da paciente, que pode evoluir para óbito se não houver uma intervenção muito rápida”, disse Parente.

Incentivos

A normativa do Ministério da Saúde prevê incentivos financeiros a estados e municípios que podem chegar a R$ 260 milhões somente para atender a esse público. As Casas de Gestantes, Bebês e Puérperas, por exemplo, vão receber  R$ 10 mil, para custear adequações que permitam ações de isolamento e distanciamento social.

“Cabe ao governo fornecer esse isolamento. O município decidirá como será feito, se ela ficará em um hotel, ou outra medida. Esperamos que esse seja o reinício da atenção à saúde desses grupos. Nosso objetivo é mitigar essa chaga que é a mortalidade materna”, diz Santos.

O texto também determina auxílio de R$ 80 por dia a gestante com 28 semanas ou mais cadastrada no Sistema Nacional de Informação da Atenção Básica (Sisab), que não tenham condição de fazer isolamento domiciliar. Segundo a normativa, os gestores municipais ficarão responsáveis por executar essa medida.

Para incentivar a identificação precoce, o acompanhamento e o monitoramento de grávidas ou puérperas com síndrome gripal, síndrome respiratória aguda grave ou com suspeita ou confirmação de Covid-19, o ministério também vai destinar R$ 5,00 por pessoa cadastrada no Sisab.

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