Neste momento, o nado artístico brasileiro tem apenas um objetivo, o pré-olímpico de duetos previsto para março de 2021, no Japão. Com a intenção de chegar ao evento com o melhor preparo possível é que a equipe brasileira fica até o dia 8 de agosto em Portugal participando da Missão Europa do Comitê Olímpico do Brasil (COB). A equipe brasileira conta com três atletas na disputa: Luisa Borges, Maria Bruno e Laura Miccuci.
Inicialmente, segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), a dupla titular do Brasil seria formada por Luisa e Laura, mas isso pode mudar. A CBDA planeja no segundo semestre do ano uma avaliação envolvendo as três atletas para saber quais serão as formações titular e reserva do dueto brasileiro.
“São três atletas que vêm em alto nível há muitas temporadas. Luisa Borges e Maria Bruno com experiência olímpica, e a Laura como uma das grandes revelações da modalidade. Temos certeza de que o Brasil estará muito bem representado”, afirma a técnica Twila Cremona. É é justamente nisso que Maria Bruno aposta: “O esporte é feito disso, de disputa. Mas são disputas saudáveis. Aprendemos isso desde criança. Sou amiga de todas as meninas. Hoje a Laura é do Flamengo, a Luísa é do Fluminense, assim como eu. Mas somos bem próximas. Estamos aqui juntas por esse objetivo, classificar o Brasil. E assim tudo fica mais fácil”, declarou a atleta à Agência Brasil.
Em entrevista ao COB no CT de Rio Maior, base do nado artístico em Portugal, Luisa Borges comemora o adiamento dos Jogos: “Acho que foi bom para nós. Temos mais tempo. Nesse ano já estávamos tensas e sentindo a emoção de brigar pela vaga. E, quando tudo mudou, a contagem regressiva recomeçou e ganhamos uma nova chance de a nossa equipe estar realmente melhor e mais pronta para representar muito bem o Brasil”
Já a rubro-negra Laura Miccuci considerou positivas as semanas de treinos na Europa: “No início sentimentos um pouco. Acho que todas não tínhamos ficado tanto tempo fora da água. Foram mais de quatro meses. Estamos indo aos poucos. Tomara que dê tudo certo no ano que vem”.
Ainda não está definida a posição que o dueto brasileiro precisa atingir no pré-olímpico do ano que vem para se classificar aos Jogos de Tóquio. Mas, segundo as atletas, se classificando entre os 22 melhores duetos da seletiva olímpica, dificilmente o Brasil ficará de fora dos Jogos. “Essa é nossa expectativa. Ainda faltam algumas coisas a serem definidas. Acho que vamos brigar com outras cinco ou seis seleções por uma vaga. E estamos bem otimistas. Tenho muita esperança de que vamos conseguir essa vaga e de que chegaremos bem na Olimpíada”, encerra Maria Bruno.