Uma operação foi realizada na região do Pantanal mato-grossense, na última quarta-feira (12), para combater um incêndio que ameaçava destruir a casa de pau-a-pique com teto de palha do morador mais antigo da Reserva Sesc Porto Cercado, na região de Poconé, a 103 km de Cuiabá.
Durante o combate, foram utilizados dois aviões do Corpo de Bombeiros, dois barcos, um helicóptero da Marinha e 15 combatentes por terra.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/i/G/VvRa4JQMC7rnZ2Lneo9A/whatsapp-image-2020-08-15-at-10.46.31.jpeg)
Ao todo, foram usados 45 mil litros de água. O incêndio ocorreu em uma região de mata que cerca a casa de Benedito Alves da Silva, de 79 anos.
De acordo com os bombeiros, a água utilizada na operação foi retirada do Rio Cuiabá́ com bombas de água durante horas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/X/A/6bEH0cSeqXIchlZcTltQ/whatsapp-image-2020-08-15-at-10.46.29-1-.jpeg)
A casa de Benedito é considerada um patrimônio cultural para Mato Grosso. O idoso mora no local desde que nasceu e foi lá que criou seus 13 filhos.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/M/S/Kj2JihSziEucaNoDCaPA/whatsapp-image-2020-08-15-at-10.46.31-1-.jpeg)
Além do Corpo de Bombeiros, participaram da ação o governo de Mato Grosso, Forças Armadas, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Governo de Mato Grosso do Sul e o polo Socioambiental Sesc Pantanal.
Incêndio no Pantanal
Cerca de 204 mil hectares da maior planície alagável do planeta já foram atingidos pelo fogo. O incêndio no Pantanal já dura mais de três semanas.
Não chove na região há mais de 80 dias e o esforço dos bombeiros é muito grande. Quando eles identificam pontos para retirar água, tem que mergulhar para colocar as mangueiras, o que é um risco por causa das cobras e jacarés.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/6/C/gFT0zTQACVJlWzBZA8yg/incendios.jpg)
Outro problema é o gado das fazendas que ficam assustados com o fogo e fogem das áreas de pasto.
Muitos animais entram no mato, não conseguem mais sair e morrem queimados. Havia uma previsão de combater o incêndio na região em 10 dias.
Os bombeiros já trabalham com a possibilidade de estender o prazo porque toda hora surgem novos focos de queimadas.