Para médico, aumento de casos de covid-19 após troca de faixa é natural e já ocorre

O coordenador do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Rio Branco, médico Osvaldo Leal, disse que o aumento no número de casos de coronavírus após mudanças de classificação de níveis de risco é natural e já acontece no Acre.

A declaração foi dada em palestra nesta semana, durante reunião do Fórum Estadual de Educação, que decidiu pelo não retorno das aulas presenciais da rede estadual em setembro e a suspensão das mesmas por tempo indeterminado. Na ocasião, o médico apresentou aos participantes o cenário da pandemia na capital e no restante do Acre.

“Nós já começamos a perceber uma certa pressão no indicador, principalmente de confirmação de novos casos. Isso é natural que aconteça e vai acontecer, porque mais pessoas vão circular e entrar em contato entre si e mais pessoas podem sim a passar a adquirir o vírus”, afirmou.

Naquele momento, duas das três regionais de saúde, a do Alto e Baixo Acre, encontravam-se na fase de Alerta, representada pela bandeira laranja, com flexibilização de setores da economia. Já a regional do Juruá ainda estava na classificação mais grave, a de Emergência (vermelha).

Dois dias depois da palestra do coordenador, todas as três regiões pularam para a fase de Atenção (amarela), com mais atividades sendo reabertas, porém com restrições, como restaurantes, sorveterias, lanchonetes, igrejas, atividades culturais com plateia, entre outras.

Médico Osvaldo Leal/Foto: reprodução

No entanto, o coordenador esclareceu que a tendência de aumento após troca da bandeira, apesar de natural, precisa ser evitada para que determinada regional não retroceda na classificação e volte a restringir setores.

“Como começou esse movimento de pessoas, devemos iniciar também uma mobilização social muito grande, porque cada vez mais cada cidadão passa a ser responsável pela transmissão do vírus”, alerta.

“Antes, a orientação era de isolamento social. Hoje, o distanciamento é importante para os grupos de riscos e pessoas com sintomas. Mas o distanciamento deve continuar sendo uma chamada importante, como a distância entre as pessoas nos lugares que elas frequentam e fazem suas atividades, por exemplo”.

Acúmulo de experiência

Osvaldo Leal comenta que o comitê o qual ele coordena já possui acúmulo de experiência muito grande desde que a pandemia de coronavírus chegou à cidade. Para ele, toda a sociedade avançou na compreensão da doença, no monitoramento da epidemia, no tratamento clínico, na identificação de pessoas em situação de risco e, principalmente, na oferta do sistema de saúde.

“Começamos a entender essa história toda lá no mês de março e fomos aprendendo a lidar com ela seja do ponto de vista clínico seja do ponto de vista de como a gente lida com essa nova necessidade de organização de vida e sociedade”.

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