Após ser declarado zona livre de febre aftosa sem vacinação, o Acre vai deixar de realizar campanhas de imunização de seu rebanho por tempo indeterminado.
Há duas décadas, pecuaristas vacinavam todo o gado duas vezes por ano, em maio e novembro, o que garantiu ao estado a classificação de área livre da doença já em 2006, porém com necessidade de imunização dos animais com frequência para evitar surtos.
Com o fim das campanhas, os pecuarista economizarão, ao todo, R$ 10,5 milhões por ano. O número de cabeças de gado presentes no estado hoje é de 3,5 milhões, segundo o governo. Cada dose da vacina custava cerca de R$ 1,50.
A instrução normativa que deu ao Acre o status de zona livre da aftosa foi assinado na semana passada pela ministra da Agricultura e Pecuária Tereza Cristina.
Nesta terça-feira (18), em almoço com pecuaristas e autoridades ligadas ao setor, o governo comemorou a classificação inédita e disse se tratar de um momento histórico. A celebração aconteceu na Fazenda Nova Era.
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O setor agropecuário acredita que a economia local será impulsionada após status, uma vez que novos mercados internacionais poderão se interessar pela carne do Acre, que agora está ainda mais competitiva.
O presidente do Conselho de Médicos Veterinários do Acre, Andre Luiz, disse que o fato é uma vitória também para a categoria que ele representa.
“O governo colocou profissionais da veterinária para gerirem o Idaf [Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre], reconhecendo que a área técnica é essencial para a gestão. Isso ajudou a alcançarmos a classificação de zona livre sem vacinação”, comemorou.