Reabertura do comércio no AC proporcionou recuperação de 2,5% no comércio varejista

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a receita nominal de vendas do comércio varejista acreano apresentou no mês de junho um crescimento de 10,9% em relação a maio do mesmo ano. De acordo com o assessor técnico do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, Egídio Garó, contudo, os indicadores apontaram que, mês a mês, os resultados têm sido negativos e acumularam, de janeiro a junho, queda de 4%.

Ainda segundo Garó, o acumulado de um ano, de julho de 2019 a junho de 2020, manteve-se positivo, o que mostrou pequena recuperação de 2,5% e que deve melhorar nos próximos meses por conta da liberação das atividades comerciais e de serviços do Estado.

“A receita nominal de vendas no comércio varejista ampliado, por sua vez, apontou uma recuperação, com relação ao mês anterior, de 20,9%, mas acumulando um decréscimo de 7,1% de janeiro a junho de 2020. No acumulado dos últimos doze meses, a variação foi de 0%. Já o volume de vendas no comércio varejista ampliado, que considera, além do varejo restrito, segmentos de materiais e construção e vendas de veículos acumula de janeiro a junho uma queda de 2,4%, acumulando de janeiro a junho uma redução de 9,8%”, explicou Garó.

Ainda segundo o assessor, quando se compara com o mês de maio, o indicador apontou uma melhoria no volume de vendas de 24,8%, contudo, ainda refletindo negativamente no acumulado do ano. “Por outro lado, o volume de vendas no comércio varejista restrito melhorou seu rendimento em 13,3% se comparado com o mês de maio, contudo acumulando uma retração de 4,6% no mês de junho; 7,5% de janeiro a junho; e no acumulado dos últimos doze meses, um recuo de 0,2%, indicando caminhar para uma recuperação gradativa a partir dos próximos meses”, reiterou.

De acordo com o assessor, as variações negativas foram percebidas em todo o Brasil, com exceção dos estados do Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que apresentaram saldos positivos no acumulado dos últimos doze anos. “Os resultados são causados pela retração na demanda, pelo distanciamento social e pelas medidas impostas pelos governos estaduais no combate ao COVID-19. Tendo em vista algumas flexibilizações e redução nos números de casos e óbitos, muitos estados tem adotado medidas de flexibilização, o que deve permitir a retomada, mesmo que lenta e gradual, ao longo dos próximos meses, contudo com projeção de recuperação somente a longo prazo”, finalizou.

 

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