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Técnicos em informática do Estado pedem reajuste após 14 anos sem aumento

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Após 14 anos vivendo com um salário base de R$ 1.044, técnicos em informática que trabalham para o Estado e que foram contratados via concurso público solicitam ao governador Gladson Cameli reajuste salarial.

A categoria, formada por apenas 17 pessoas, argumenta que tem trabalhado com mais intensidade durante a pandemia de coronavírus, quando a demanda por aparatos digitais e conhecimento técnico no governo cresceu consideravelmente após o distanciamento social.

“Desde a manutenção de um microcomputador, ao serviço de impressão, configuração de vídeo conferências, acesso e uso a rede interna do estado etc – sempre tem um técnico em informática envolvido e atuando para que tudo ocorra bem”, informa um documento enviado à ContilNet pela categoria.

Além disso, os trabalhadores afirmam que a pandemia impôs a suas famílias uma série de dificuldades financeiras.

“Vivemos uma situação dramática, temos famílias passando dificuldades, somos ajudados financeiramente por parentes e amigos próximos. Nunca deixamos de comparecer ao trabalho, mesmo sendo tão desvalorizados”, lamenta Marcos Pereira Lima, representante dos técnicos.

A luta da categoria por reajuste no salário é anterior à pandemia de covid-19. Em janeiro, eles enviaram um ofício à Casa Civil solicitando diálogo. No documento, eles apresentam os motivos pelo qual mereceriam o aumento e o impacto que o valor proposto causaria aos cofres públicos. “R$ 60 mil, apenas”, comenta Marcos.

Os técnicos têm em mãos um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), além de um parecer favorável da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) relativo a isonomia salarial a um cargo semelhante, e querem o apoio do governo para a implementação.

Os 17 profissionais estão lotados na Seplag e distribuídos na Casa Civil, Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (SEE), Secretaria de Fazenda (Sefaz) e Secretaria de Ciência e Tecnologia (Seict).

A reportagem entrou em contato com a Seplag para saber se há previsão para um possível reajuste, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.

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