A Universidade Federal do Acre (Ufac) pode ter ensino à distância enquanto durar a pandemia de coronavírus caso o Conselho Universitário aprove um conjunto de diretrizes elaborado por centros acadêmicos dos cursos da instituição.
Na segunda (10) e terça-feira (11), duas reuniões dos grupos de trabalho criados para acompanhar a crise definiram possíveis normas para essa modalidade de educação.
A principal delas é que o ensino remoto não será obrigatório nem para alunos e nem para professores. Ou seja, o estudante que optar por não cursar determinada disciplina à distância não será prejudicado, podendo fazê-la em outro momento presencialmente.
A prioridade do formato seria para acadêmicos dos primeiros e últimos períodos. Haveria limite de disciplinas e cargas horárias e as matérias ofertadas seriam discutidas pelo colegiado.
A ideia é que a modalidade seja encarada como um período letivo excepcional, onde uma possível reprovação não iria para o histórico escolar do acadêmico.
A frequência seria atestada por meio da realização das atividades cobradas pelos professores, que passarão por capacitação no Núcleo de Tecnologia da Educação (NTI) da Ufac.
Espaços físicos e equipamentos da universidade também poderiam ser utilizados, desde que observadas as recomendações de segurança biossanitárias.
Também consta na proposta a ser votada pelo conselho um auxílio internet para alunos que têm interesse em cursar disciplinas à distância mas não possuem condições financeiras e tecnológicas.
A reitoria da Ufac informou que promove reuniões com representantes de alunos e professores “para ouvir novas propostas e pensar conjuntamente as possibilidades. A proposta formatada será levada ao Conselho Universitário para fazer um último debate e o possível aprovação de um ensino remoto emergencial. Neste momento, a Ufac busca amenizar os danos da pandemia de Covid-19 para os nosso alunos”.
As aulas na única universidade pública do Acre estão suspensas desde o dia 17 março após o Acre anunciar os primeiros casos de coronavírus.