Malgesini era conhecido em Como por seu compromisso em favor dos mais necessitados da cidade. O padre levava café da manhã para os sem-tetos e atendia algumas necessidades deles. O religioso morava a poucos passos do local onde foi assassinado.
A polícia informou que o padre foi morto logo após ter iniciado sua rodada de distribuição de cafés da manhã. As autoridades acreditam que Malgesini conhecia o assassino, que era um morador de rua que o religioso prestava assistência.
O prefeito de Como, Mario Landriscina, anunciou que vai decretar luto oficial na cidade pela morte de Malgesini. A catedral local recitará um rosário em sua homenagem. A morte do religioso pegou os migrantes de surpresa e muitos choraram em frente à paróquia na praça de San Rocco, onde Malgesini foi morto.
“Para mim ele era como um pai. Quando cheguei da Romênia, sozinho, sem casa e sem emprego, foi o primeiro a me ajudar, depois encontrei um trabalho, mas sempre fiquei em contato com ele. Ele não merecia morrer assim, espero que haja justiça”, disse Gabriel Nastase, de 36 anos.
O governador da região da Lombardia, Attilio Fontana, lamentou a morte do padre, recordando que Malgesini é “um grande exemplo para todos”. Em um comício em Bondeno, na região da Emilia-Romagna, o ex-ministro do Interior da Itália Matteo Salvini comentou sobre o caso.
“Às 7 horas da manhã, um pároco foi morto a facadas por um dos migrantes ilegais que se encontram em situação irregular neste país e que deveriam ser mandados para casa. Dom Roberto deixou de viver porque havia um que não tinha o direito de estar na Itália”, disse Salvini.
A cidade de Como viveu em janeiro de 1999 um acontecimento semelhante. Na Ponte Chiasso, o pároco Renzo Beretta foi morto a facadas por um migrante que ele acolheu.