Criança com doença que causa feridas pelo corpo todo luta por atendimento no AC

A pequena D.G.M., de apenas quatro anos, foi diagnosticada nesta quinta-feira (17) com penfigo bolhoso, uma doença crônica e autoimune que provoca bolhas e ferimentos por toda a pele. A família da menina acusa a rede pública de saúde de negligência médica.

Os sintomas começaram há três semanas, com febre alta e feridas no corpo. A criança foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade do Povo e foi informada pelo médico plantonista que o caso era típico de posto de saúde.

Uma consulta no posto foi agendada e até hoje não aconteceu. Poucos dias depois, a febre piorou e a menina novamente foi levada à UPA. O mesmo médico voltou a advertir a família que o caso não era típico de UPA, mas sim de posto. Ele informou que a pequena sofria e catapora e passou um medicamento para febre.

Após quatro dias, a temperatura de D.G.M. subiu ainda mais. Segundo a mãe, a menina estava em vias de ter convulsões. Ela novamente foi à UPA e um outro médico alertou que ela deveria estar internada há tempos. A criança ficou na unidade aos cuidados do médico.

Foto: Cedida

Após exames e o diagnóstico de penfigo bolhoso, nesta quinta (17), a menina foi encaminhada ao Hospital da Criança em uma ambulância do Samu. Porém, chegando ao local, a família foi informada que não havia mais leitos disponíveis e por isso deveriam retornar à UPA da Cidade do Povo.

A mãe, Francisca Aline Góis de Lima, lamenta as constantes transferências. Ela se nega a voltar à UPA e exige do governo um atendimento imediato e definitivo para a pequena no Hospital da Criança.

“Estou desesperada e não sei mais o que fazer. É a minha filha e eu não aceito isso que estão fazendo com a gente”, afirmou.

Até o fechamento desta matéria (13h30), o hospital ainda não havia internado a menina.

Atualização do caso

Nota de Esclarecimento

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio da Gerência do Sistema de Assistência à Mulher e à Criança (SASMC), vem a público esclarecer os seguintes fatos:

1 – A menor de idade D.G.M, 4 anos, foi regulada da UPA da Cidade do Povo para o Hospital da Criança, para dar continuidade ao seu tratamento;

2 – Ao chegar ao Hospital da Criança, a médica percebeu que a menor de precisaria ficar internada em um leito de isolamento, devido ao quadro clínico apresentado;

3- Como o Hospital da Criança está com seus leitos de isolamento ocupados, foi preciso preparar outro leito para acomodar a criança da melhor forma possível. Por esse motivo, houve certa espera para a internação da paciente;

4- A mesma encontra-se internada no Hospital da Criança, sendo assistida pela equipe médica da unidade.

Wuesley Daniel
Gerente de Assistência do SASMC

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