Em greve há 23 dias, trabalhadores dos Correios carregam caixão com foto de Paulo Guedes

A greve dos trabalhadores dos Correios no Acre chega, nesta quarta-feira (9), ao seu 23º dia sem data para terminar. Pela manhã, a categoria levou um caixão preto com a foto do ministro da Economia Paulo Guedes para frente do Palácio Rio Branco, no Centro.

A simulação de ato fúnebre, segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC), Suzy Cristiny, representa o luto contra a tentativa de privatização da empresa, uma das principais bandeiras do movimento grevista.

Outra pauta da categoria é a manutenção das garantias trabalhistas referentes a vale alimentação, plano de saúde, férias, salários, fundo de pensão, entre outros pontos. Esses itens foram acordados coletivamente com o governo federal em 2019, porém suspensos após um ano por meio de liminar obtida pela empresa.

Essa liminar foi referendada em meados de agosto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que motivou a deflagração da greve em todo o país.

Para Cristiny, o governo tem enfraquecido a categoria com o intuito de enxugar gastos e prejudicar os serviços para, finalmente, vender a ideia de que a privatização é a alternativa para melhorar a qualidade dos Correios. “O objetivo é muito claro”, afirma.

“O serviço que os Correios desenvolve já estava precarizado há tempos, mas por culpa do governo. Isso faz parte do processo de extinção da estatal. Nós lutamos pelo oposto: o fortalecimento da empresa enquanto órgão público”.

Categoria quer a volta do acordo coletivo com o governo federal / Foto: Cedida

Nesta quarta, os grevistas realizaram uma campanha de arrecadação de alimentos na Praça dos Povos da Floresta, em frente ao Palácio Rio Branco. A categoria vai decidir mais tarde para qual instituição de caridade os insumos irão.

Também aconteceu durante a greve um mutirão para doação de sangue no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre).

Nesta sexta (11) haverá uma audiência de conciliação. No encontro entre as partes, os trabalhadores pleitearão o retorno do acordo coletivo suspenso.

(Fotos: Cedidas)

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