O G1 divulgou nesta quarta-feira (16) o Monitor da Violência, um levantamento feito com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. O levantamento faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Os dados mostram que o Acre é o estado brasileiro que teve a maior alta (167%) nos casos de feminicídio em um ano, que subiu de três nos primeiros seis meses de 2019, para oito no mesmo período deste ano, um aumento de quase 170%.
O estado também tem a maior taxa do país para mulheres mortas por feminicídio: 1,8 a cada 100 mil mulheres. É o triplo da taxa nacional, que é de 0,6 a cada 100 mil mulheres.
Apesar de ser o estado com a maior alta de feminicídios, foi o que teve a maior queda nos registros de lesões corporais em contexto de violência doméstica: 38,6%, revelando uma subnotificação.
Ao G1 Nacional, o governo do estado afirma que a alta no número de mortes de mulheres pode estar relacionada à pandemia do coronavírus, já que muitas mulheres passaram a ficar mais tempo com os seus agressores em casa.
“Durante o período de pandemia, as mulheres que já viviam relacionamentos abusivos ficaram mais tempo sozinhas com seu algoz, e tensões diárias, como insegurança financeira, medo de contrair o vírus, desemprego e uso de bebidas alcoólicas são alguns dos fatores que agravaram as reações violentas nos lares”.
No Brasil, no foram registrados 631 crimes de ódio motivados pela condição de gênero (o feminicídio) nos primeiros seis meses deste ano. Já os casos de lesão corporal no contexto de violência doméstica caíram 11%, e os estupros e estupros de vulneráveis tiveram uma queda de 21% e 20%, respectivamente.
Fonte: G1- MONITOR DA VIOLÊNCIA