Roberto Frejat já teve que se despedir de muitos amigos que morreram jovens. “Triste ver gente que foi embora e que tinha muita coisa para vencer, produzir e criar”, lamentou. E nos 30 anos da morte de Cazuza, o ex-Barão Vermelho relembra um dos últimos encontros com o amigo.
“A última vez que o encontrei foi muito pesado. Foi na casa dele, fui visitá-lo. Cazuza estava muito doente, fraco. ‘Meu Deus do céu, isso não é vida. Ninguém merece passar por isso’, pensei. E ele foi embora três, quatro dias depois”, disse o cantor em entrevista ao “Provocações”, de Marcelo Tas.
E acompanhando de perto a batalha do grande astro do rock contra o HIV, Frejat tirou lições.
“A gente vive hoje uma pandemia, mas era como se naquela época tivesse uma pandemia virada para a classe artística. E naquele momento o que se sabia da doença ainda estava muito ligada a sexualidade. Perdemos muitos amigos. E se tem uma coisa que Cazuza me ensinou foi brigar até o fim. Tenho muito orgulho dele. Ele só largou a briga quando não tinha mais condição de brigar”.