O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta declara em seu livro lançado nesta sexta-feira (25), “Um paciente chamado Brasil”, que o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), tentou interferir no Ministério da Saúde.
Em um trecho do livro, que aborda detalhes dos últimos 87 dias de sua gestão à frente da pasta, Mandetta declara que recebeu um pedido da Presidência da República, no mês de janeiro, para que fossem exonerados quatro nomes do Ministério da Saúde.
O pedido teria sido feito durante uma reunião de Bolsonaro com Mandetta. O presidente teria dito que os quatro não eram “gente nossa” e disse que a sugestão de demissão havia sido de Flávio Bolsonaro.
“Quem articulou as exonerações e impôs os novos nomes mirava o controle de mais de oitenta por cento do orçamento do Ministério da Saúde. Não me parecia um erro banal”, ressalta o ex-ministro Mandetta.
Os alvos
Os alvos seriam o então secretário-executivo, João Gabbardo dos Reis, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim, o secretário de Atenção Especializada em Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, e o diretor do Departamento de Informática do SUS, Jacson Barros. [Foto de capa: Isac Nóbrega/PR]