22 de abril de 2024

Mulher que retirou tumor de 20 kg é testemunha de Jeová e não aceitou transfusão de sangue

A jovem de 25 anos que teve um tumor de 20 quilos removido do ovário nessa semana no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, suspeitava apenas de gravidez quando procurou a unidade médica para relatar desconforto abdominal. Foi então que os médicos descobriram que o tamanho anormal do abdômen da jovem era resultado de um tumor ovariano que já estava se ligando ao intestino.

A secretária administrativa é Testemunha de Jeová e o procedimento cirúrgico, devido ao tumor ser bastante vascularizado, com muito sangue, sua retirada foi considerada complicada, uma vez que a jovem e assinou uma carta negando uma eventual transfusão sanguínea, caso fosse necessário. A equipe precisou cortar o tumor das outras partes do corpo sem que houvesse o risco de perda exagerada de sangue. A religião da jovem proíbe seus seguidores de receberem sangue de outra pessoa.

Felizmente, os médicos conseguiram separar o tumor das outras partes do corpo e controlar o sangramento para que não tivesse nenhum problema. “Ela tem a autonomia sobre o seu próprio corpo, então entrou o critério religioso seguido pela paciente. Se fosse necessária uma transfusão, ficaríamos num impasse, mas aceitamos fazer o procedimento mesmo sabendo dos riscos e conseguimos controlar a perda de sangue”, revelou Rodrigues.

A massa de origem ovariana se espalhou para apêndice, bexiga, intestino e útero. “Foi um caso de evolução bem rápida. Ela chegou com suspeita de gravidez, mas fez exames e deram negativos. Há três semanas, fizemos ultrassonografia e identificamos uma massa gigante com origem ovariana. Realizamos outros exames para saber o tipo do tumor e apontou para um benigno”, comentou o médico Billy Rodrigues.

Segundo os médicos, a jovem ainda poderá engravidar, pois junto com a massa, foram retirados uma das duas trompas de Falópio e um dos dois ovários, onde o tumor se localizava. “Ela ficou com a outra trompa e outro ovário, então poderá engravidar. Também não será de risco porque não mexemos no útero”, afirmou o médico Rodrigues.

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