Após problema no site, Inep prorroga prazo para inserir foto no sistema

Após alunos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) apontarem problemas no site do Inep para a inclusão de foto no cadastro do candidato, o órgão do Ministério da Educação decidiu prorrogar o prazo.

Agora, os estudantes têm até as 23h59 do dia 8 de outubro para inserir a fotografia pessoal no sistema, por meio da ‘Página do Participante’.

“O prazo foi prorrogado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) por mais uma semana, em função do volume de acessos ao sistema em um único dia. A prorrogação tem o objetivo de garantir a realização do procedimento por parte dos inscritos. Participantes que já incluíram a foto anteriormente não precisam repetir a operação”, informa o órgão.

O edital do Enem afirma que o candidato deverá inserir uma foto no cadastro que seja atual, nítida, individual, colorida e com fundo branco. Não serão permitidas fotografias de pessoas com óculos escuros, boné, chapéu, viseira, gorro ou similares.

A foto deve mostrar o rosto inteiro do participante, com boa iluminação e foco, além de estar nos formatos de arquivo JPEG e PNG (tamanho máximo de 2 MB). Imagens em PDF não serão aceitas. O Inep e o Ministério da Educação (MEC) não realizam validação da foto.

Nesta edição, o Inep já havia prorrogado o prazo para pagamento da taxa de inscrição do Enem pelo mesmo motivo. No ano passado, foram pelo menos três campanhas nas redes sociais apresentando problemas. Primeiro foi o #erronoenem, o mais grave deles, no qual o Inep errou a correção das notas de 5.974 candidatos. Depois veio o #erronosisu e por fim o #erronalistadeespera.

#erronoenem

As notas individuais das 3.935.237 pessoas que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio 2019 foram anunciadas pelo Inep em janeiro. No dia seguinte, começaram a surgir relatos de estudantes questionando os resultados divulgados no site do Inep. Diante da grande quantidade de queixas, o MEC admitiu falha.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que as falhas na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) atingiram participantes em cerca de 200 cidades, mas 96,7% das ocorrências se concentraram nas cidades de Alagoinhas (BA), Viçosa (MG), Ituiutaba (MG) e Iturama (MG).

Apenas os estados de Roraima e Amapá não tiveram o erro registrado. No total, foram 5.974 candidatos prejudicados por uma falha no processo de impressão das provas e dos cartões-resposta, segundo o governo.

O Inep recebeu 172 mil e-mails relatando erros, e todas as 3,9 milhões de provas da última edição do Enem foram conferidas pelo instituto. O órgão vai abrir um processo administrativo contra a gráfica Valid, responsável por realizar o Enem. O Inep atribui à gráfica os erros na impressão das provas e dos cartões-resposta.

O resultado do Sisu chegou a ser proibido de ser divulgado pela Justiça, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que o MEC comprovou que todas as provas haviam sido corrigidas novamente e liberou a publicação.

#erronosisu

Um levantamento feito por O GLOBO em 3.353 cursos de universidades federais apontou que, em 87% deles (2.908), a nota de corte caiu na comparação entre o último dia de inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o resultado final. A diferença indica que os dados que basearam a escolha dos alunos não eram confiáveis, o que atrapalhou os candidatos. O total de cursos oferecidos pelas federais é de 6.481. A amostra do GLOBO abrange 51% dos cursos.

A nota de corte é o resultado do candidato com o menor desempenho que está sendo aprovado em cada curso. Ela é atualizada diariamente no Sisu e funciona como uma base para o aluno saber se está sendo aprovado ou não.

Em 2019, porém, uma mudança que não havia sido anunciada pelo MEC inviabilizou a utilização da nota de corte como referência. Em anos anteriores, o sistema apresentava a seguinte mensagem: “Sua posição (na segunda opção) não foi considerada pois você estava temporariamente classificado em sua primeira opção”.

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