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Boate em Milão é reformada após caso Robinho

Por ESTADÃO CONTEÚDO

ASio Café, boate onde Robinho e cinco amigos, de acordo com investigações da Justiça italiana, estupraram uma jovem albanesa em 2013, está atualmente bem diferente do que era. O ambiente foi completamente reformado nos últimos sete anos. O camarim onde teria ocorrido o crime de violência sexual hoje funciona como extensão do salão principal, atrás de densas cortinas de veludo vermelho. Câmeras de segurança foram instaladas em toda a discoteca.

O endereço na Via Temolo é marcado pela alta rotatividade de funcionários. Da equipe atual, formada por cinco pessoas na frente da casa, apenas um trabalhava no local na época em que o jogador brasileiro de 36 anos foi condenado em primeira instância pela Justiça italiana. Mesmo assim, ele diz que se lembra pouco do que aconteceu. “Depois da reforma, parte do camarim virou área externa, atrás da cozinha.”

Nos últimos sete anos, o negócio passou por várias mudanças de administração. O gerente atual não sabe precisar a motivação da reforma profunda que mudou a cara do local. “O novo proprietário assumiu em 2019. Desde então mudaram só as cores da parede.”

A boate está localizada em Bicocca, um bairro fundamentalmente universitário de Milão, norte da Itália. Além do Sio Café, um outro clube noturno ocupa o piso térreo do prédio comercial. O acesso é facilitado pela abundância de ônibus e bondinhos na região, além do metrô. Atravessando a rua, um parque ocupa quase três quarteirões.

O local, que um dia foi de luxo, hoje é decadente e frequentado por jovens na faixa dos 18 anos. Ali, um drink acompanhado do famoso aperitivo italiano custa por volta de 12 euros (cerca de R$ 75). Em estilo buffet, é possível comer carnes, frios e itens de padaria, todos servidos por um funcionário munido de luvas, em função da pandemia.

De acordo com as investigações, Robinho e outros cinco amigos levaram a mulher ao camarim da boate Sio Café e lá abusaram sexualmente dela. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan.

Caso seja confirmada nas instâncias superiores, a sentença prevê nove anos de prisão. A próxima audiência do caso vai ocorrer em dezembro no Tribunal de Milão, onde o processo está sendo julgado. Robinho alega ser inocente e ter feito sexo consentido com a mulher.

Reportagem do site ge.com revelou detalhes da sentença condenatória em primeira instância. Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho admitiu ter participado do ato do estupro coletivo. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para considerar o atacante culpado.

Depois da pressão de patrocinadores e torcedores, o Santos optou por suspender o contrato com o jogador em 16 de outubro.

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